Contos de uma linha

Enfim, sós! - disse o serial killer à sua no(i)va vítima.

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O beijo de Judas. O punhal de Brutus. Teu abraço.

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POETA CICLISTA

A cada pedalada, um verso talhado no vento.

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REPRISE

Precisava trocar de roterista. Sempre se ferrava no final.

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CONTRA-SENSO

Coragem ele tinha de sobra. Só precisava perder o medo de usá-la.

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CONVERTIDO

De segunda a sábado, um cretino. Aos domingos, culto.

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RECITAL NOTURNO

Um pernilongo arranha sempre a mesma nota: a canção da insônia.

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CONVENCIDO

Se me clonarem, viro doce: bom-bom.

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__________@wgorj