A Viola (Novela ) O Conto da Viola Chorosa 15 de março...

Os dias, as noites juntas combinaram a passar, algumas flores no campo

daquela serra abriram suas pétalas, uma esperança nascia. Uma terra

tão ressecada, subiram no ar, uma pequena poeira vermelha descontrolada,

as vezes pairava. Dorinha antes do show chegar, colocou a viola chorosa para

descansar e sua linda voz afinar. Fez o café, dos afazeres arrumou e do almoço

preparou. Pedro. Ufa! Caiu da cama, assustado acordou. Se banhou e da

roupa trocou e o café de Dorinha ele experimentou. Conversou com a irmã:

_ Bom dia Dorinha!

_ Bom dia Pedro! O que foi? Parece que viu uma assombracão! Sorriu.

_ Já sei! Meu irmão está pensando nos aviões e suas emoções.

_ Corra atrás, vai voar nos ares da sua imaginação, pois teve sempre esta

vocação. Pedro respondeu:

_ Minha irmã, é o que eu mais desejo e almejo, ver e sentir no céu um grande

cortejo, de preferência, o meu.

A conversa parou, o pai os filhos cumprimentou e com o café da filha se deliciou. Estavam atrasados e seu Aurélio chamou por Pedro. Dorinha da Viola chorosa cuidou da criação, amava os animais, natureza e toda a sua grandeza. Ela foi cuidando e ao mesmo tempo cantando. Pedro e o pai, saíram a caminho da lavoura onde filho ganhava também o seu dinheiro que juntava havia meses, fazendo seu pé de meia. Pedro tinha comprado um cavalo, chamado Faroeste, andava de leste a oeste. Gritou pelo amigo Pedro. Pediu para que o pai continuasse até a lavoura, iria segui-lo, enquanto com o amigo conversaria.

Seu nome Douglas, 21 anos, trabalhava também com Pedro e o seu pai.

Douglas que era chamado de Doguinha, tinha um assunto muito importante

que ao Pedro iria muito interessar. Quem sabe um sonho prestes a contemplar?

Surgiu uma conversa:

_ Meu amigo tenho uma ótima novidade para lhe falar, logo irás voar.

_ Você está lembrado, quando fizemos uma prova para uma bolsa de estudos, em São José dos Campos C.T.A "Centro Técnico Aeroespacial"?

_ Sim me lembro, mas continue.

_ Então, meu amigo, passamos na prova com as melhores notas.

Pedro a boca tremeu, pernas, tudo estremeceu, mal acreditava, as mãos de

nervoso, estralava. O tio de Doguinha tinha uma armazém, que estava sendo

reformado. O amigo de Pedro era fanático por aviação, e se Deus quiser vão

seguir juntos nesta grande emoção. Pedro ficou emocionado sem palavras,

lágrimas desceram sobre sua face, pois este sonho muito pediu ao senhor

em oração. Agora, Dorinha na viola, Pedro no avião, avante sertão. Não era

mais um avião num simples pensamento e sim ao vivo e a cores. Os dois

tiveram a melhor nota, e ganharam tão sonhada bolsa. A proposta de Doguinha ao amigo, iriam trabalhar com seu tio em São José dos Campos, no armazém.

Mas Pedro, não iria sem Lucinda. Tinham que ao trabalho voltar, o pai já não podia mais esperar. Acabou o serviço na lavoura, despediu-se do amigo Douglas e o pai. Foi até a casa de Lucinda, bateu a porta, um pouco torta. Dona Sônia atendeu e gentilmente o cumprimenta e Pedro se senta e espera a sogra chamar a filha.

Lucinda estava linda, trajava vestido branco com uma fita branca ao cabelo

amarrada. Ela o abraçou e carinhosamente Pedro a beijou. Disse tudo a ela,

que ele e o amigo tinham ganhado uma bolsa de estudos, tiveram a melhor

nota. Lucinda só olhando e cuidadosamente escutando. Iriam ficar

hospedados na casa do tio de Douglas, teriam que trabalhar com ele no armazém. Lucinda no caixa, Doguinha e Pedro no estoque. O armazém ficava no centro da cidade, um lugar bastante movimentado e frequentado. A conversa se prolongou por horas, Pedro teria que ir embora. Lucinda ficou muito feliz, pelo namorado torcia muito. E combinou com a namorada, amanhã logo cedo, falaria com os pais dela, ela se alegrou, despediram-se. Pedro ficou apreensivo, Lucinda nunca saiu da casa dos país, sempre foi com eles muito acostumada.

Pedro chegou em sua casa muito cansado, mais contente, por Lucinda e seus

deliciosos afagos. Tomou banho e logo adormeceu. Aurélio estava com Dorinha, num barzinho da pequena cidade. Cada dia que passava, mais tinha orgulho dos filhos. Dorinha da viola chorosa cantava, numa suavidade com a cordas.

Acorda povo nordestino, o show começou, música, tom e linda melodia, quem diria! Vem viola chorosa, não chora, os tempos são de alegria. Quando acabou de tocar sua canção, Dorinha é aplaudida de pé.

Luciana Bianchini

Luciana Bianchini
Enviado por Luciana Bianchini em 28/03/2014
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