Quando Ele nos encontra - Capítulo 8: Ideias impossíveis de ignorar

Dois dias depois, Natália novamente foi ao ponto de ônibus, agora depois de ter pensando seriamente sobre o que sua irmã disse sobre não demonstrar sua paixonite.

Assim que chegou no local, viu que quem ela estava procurando vinha. Começou ficar um pouco nervosa por causa das falas da Júlia, pensando se tinha mesmo se apaixonado por ele.

Quando ele chegou no ponto de ônibus, tinham muitas pessoas lá, mas Natália nem notou. Quando o rapaz chegou perto dela por não ter muitos lugares para ele ficar, Natália estava tão ansiosa que falou com ele sem pensar:

- Eu tenho namorado! - Disse Natália olhando para ele rapidamente.

- Sim... eu acredito que pode ter. - Ele respondeu, sorrindo.

Natália olhou para ele novamente enquando ele respondia, e assimilou o sorriso dele com o da mulher que a cumprimentou na primeira vez que ela foi na igreja.

- "O sorriso dele parece tão sincero como o da Maria." - Pensou.

Logo o ônibus chegou, e ela nunca se sentiu tão aliviada por poder sair de uma situação. Quem dera se fosse assim tão fácil! Na realidade o rapaz continuou a conversa.

- E como você se chama? - Ele perguntou.

- Natália. - Respondeu enquanto olhava para longe enquanto os outros passageiros entravam no ônibus.

- Eu me chamo Joseph.

Natália acenou com a cabeça. Depois de entrarem no ônibus, ela continuou pensando no porquê disse à ele que tinha namorado. Que ideia maluca!

Ela normalmente sabia como mascarar muito bem seus pensamentos, porém sua irmã estava certa. Além de ter mesmo se apaixonado, também não conseguia ignorar a existência de alguém, que agora sabia o nome.

- O que você faz, que sempre está cheia de pacotes? - Ele perguntou, interrompendo os pensamentos dela.

- Eu faço... cadernos.

- Cadernos? Que interessante!

- E você, o que faz que sempre está em vários lugares? - Depois de perguntar, ela pensou que agora tinha deixado claro que reparava que ele estava nos lugares. "Que vergonha!" - Pensou.

- Como estou sempre em vários lugares, eu também faço várias coisas... hum... hoje estou indo enviar pocotes também, da livraria.

- É mesmo! Você trabalha lá? - Natália perguntou com animosidade, esquecendo que queria evitar a conversa.

- Sim, gosto muito de lá. Sempre quis trabalhar com livros.

Logo o ônibus chegou no destino de ambos e então desceram. Natália decidiu não falar mais, porque percebeu que estava muito feliz por ter encontrado alguém que também gostava de livros, além de que se continuasse a conversa, ia acabar desmentindo que tinha namorado.

Chegando no local de postagens, ele abriu a porta para ela, que agradeceu com um aceno. Enquanto esperava, embora ela não queria conversar, todos os seus pensamentos eram se aquele rapaz era alguém que Deus aprovaria para ser seu namorado.

Sabia que era cedo demais, porém era óbvio que gostava dele. "Será amor a primeira vista?" - pensou. - "De qualquer forma, preciso saber se ele é alguém que também ama a Deus."