CAPÍTULO II: A ERA PUERIL I

O dia amanheceu. Era uma segunda-feira. Ivonete, como de costume, levantara-se mais cedo, devido aos seus afazeres domésticos e a suas obrigações, que inclui sua casa e seu trabalho, o que ela preza, por considerar seus patrões irmãos para ela – irmãos devido à coincidência de idade. Mantém boas relações com estes, que resultariam no bom tratamento para com seu filho.

- Cadê o Afonso?, pergunta Casimiro à mesa.

- Vou acordá-lo, pois hoje tem aula para ele, e ele não pode se atrasar

Ivonete deixa a cozinha, e sai em direção ao quarto de Afonso. Bate à porta do quarto.

- Afonso! Querido! Hoje tem aula. Hoje já é segunda, meu bem!

Afonso continua a dormir, pois estava em um sono profundo. Por ser inteligente e de leve com a vida, Afonso não se preocupava com as coisas. Não era compulsivo. Por isso não se preocupava em acordar cedo para fazer suas tarefas.

- Afonso!, continua Ivonete, dessa vez com sucesso.

- Já acordei, mãe!, anuncia o Afonso.

Todos já estavam à mesa, quando chegam Etelvina e Irislene, que são as demais domésticas da mansão de Otto. Ambas domésticas pertenciam a mesma comunidade de Maitê. Etelvina beirava seus 22 anos. Era loira, cabelos cacheados e dourados. Tinha olhos claros. Era magra e alta. Tinha um temperamento muito agitado e meio louco. Irislene já tinha seus 25 anos. Era negra, cabelos crespos e de um preto encantador. Tinha olhos também pretos. Não era gorda, nem magra. Tinha um temperamento semelhante ao de Etelvina. E ambas falavam conforme suas identidades.

- Ivonete, mulher, vamos comer aqui com vocês, pois não deu tempo de a gente comer em casa, pede Etelvina.

- Isso, Ivonete!, complementa a Irislene.

- E qual foi o dia em que vocês não chegaram desse jeito?, pergunta Ivonete, - sentem-se e comam.

- Ivonetezinha! Te amamos!, exclamam as duas, brincando com Afonso, pois entre este e Henrique, o preferido delas era o primeiro. - Cachorro tarado!, brincavam os três. E todos comeram e conversaram durante 5 minutos. Após a reunião, as domésticas foram preparar a mesa dos patrões, enquanto Casimiro e Afonso aguardavam Henrique ao carro.

- Bom dia, sra. Brigite, dr. Otto!, cumprimentou os patrões a Etelvina, servindo o café.

- Bom dia, Etelvina!, respondeu Brigite, enquanto Henrique descia das escadas com seu material escolar

- Bom dia para todos!, saudou o Henrique, enquanto se sentava para comer.

- O que há de novo na escola, filhão?, perguntou Otto.

- Acho que nada, pai, respondeu Henrique.

E todos conversaram durante 5 minutos. Após a reunião, Otto e Henrique saíram em direção ao chofer, o Casimiro, que estavam ao volante, e Afonso no banco detrás, aguardando Henrique.

- Bom dia!, cumprimentaram-se todos.

Então partiram.

Após um simples café da manhã, encaminhava-se para escola a Maitê. Estudava em uma escola pública da cidade, diferentemente de Afonso, que estudava na mesma escola de Henrique, tudo financiado pelos patrões de seus pais. No caminho da escola, cumprimentava a vizinhança. - Bom dia, dona Evelin, dona Josilene, dona Waldecir!

Após uma cena de 5 minutos, Maitê chega à escola. Cumprimenta suas amigas Carmem e Kelly. As três conversam, enquanto são interrompidas por Penélope, que as odeia, por isso as provoca. - Lá vai o trisal!, dizia ela.

Enquanto isso, chegava Cleiton, a casa, bêbado, como de costume.

- Quero comer!, anunciou ele, violento.

- Acabei de preparar o café. Não está frio. Do jeito que você gosta, disse Paulina.

- Sim, mas hoje eu quero outra coisinha também, lembra o covarde, agarrando à força a pobre Paulina.

Enquanto isso, recebia a visita de Nívia a Brigite. Falavam de coisas diversas, até chegar a Ivonete, para servir um café, como era de costume fazer com as visitas. Nívia derrama um pouquinho de café no chão, só para ter o prazer de humilhar criados.

- Ah! Hora de limpar, meu bem, alerta ela.

- Sim, senhora, obedece Ivonete.

Brigite assistiu a tudo indignada com Nívia, que mudara a cabeça depois que se casou com um rico. Ambas já eram amigas, mas não ricas.

Durante a aula, chega à cabeça de Henrique a imagem de Maitê. A professora Ana, de 22 anos, lhe faz uma pergunta a respeito do conteúdo abordado. Mas pela distração, Henrique não responde, até ser despertado pela própria professora. Todos riem.

Chega a hora do almoço. Todas as famílias estão reunidas.

- Henrique, soube que você preocupou a professora Ana hoje. Posso saber o que está acontecendo, filho?, pergunta Brigite.

- Nada de mais, mãe.

- E por que você não satisfez a professora Ana, Henrique?, pergunta Otto.

- Eu só estava distraído quando ela me fez uma prergunta.

E todos conversam durante 5 minutos.

Enquanto isso, as domésticas da mansão, Casimiro e Afonso reuniram-se para o almoço na casinha aos fundos.

- Estou morta de fome, diz Irislene.

- E eu?, inclui-se a Etelvina.

- Meu gostoso está indo bem na escola?, perguntam as duas.

- Etelvina! Irislene!, exclama Ivonete.

E eles conversam durante 5 minutos.

Enquanto isso, na casa de Maitê, Paulina e Maitê almoçam.

- Cadê ele, mãe?, pergunta Maitê pelo covarde pai.

- Ele chegou e adormeceu.

- Ele lhe fez alguma coisa, mãe?

- Não, filha, mente a Paulina, mesmo sabendo que a Maitê não acreditaria

E as duas fazem uma cena que dura 5 minutos.

Quando chega a noite, após o jantar, Henrique pergunta por Afonso a Ivonete e Casimiro, que estavam assistindo ao jornal.

- Ah, Henrique, ele foi à comunidade de Etelvina e Irislene, para brincar com a Maitê, disse a Ivonete.

- Com Maitê?!, exclama Henrique.

- Algum problema, meu filho?, pergunta Ivonete.

- Não!

Henrique se retira da casinha às pressas, a fim de ir ao encontro, às escondidas, de Afonso e Maitê. Chegando à pracinha da rua onde costumam brincar, Henrique se depara com Afonso e Maitê abraçados.

- Afonso!, exclama Henrique.

- Henrique!, surpreende-se Afonso, desgrudando-se de Maitê.

Henrique não suporta, e dá um empurrão em Afonso.

Alexandre Potiguar
Enviado por Alexandre Potiguar em 04/02/2024
Código do texto: T7991834
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