ORAÇÃO

Um dia eu tive o vigor de um corcel negro, que desbravava o deserto e os montes;

Com cascos fortes, nada havia que eu não transpusesse;

Mas Tu, SENHOR, mandou-me teu Filho, comoum árabe purificador de raças para fazer-me um puro-sangue.

Como intrépido soldado eu seguia o batalhão nas batalhas era sempre o “frente-de-campo”, minha espada era rubra e o inimigo sempre que podia evitava o confronto direto;

E Tu, ALTÌSSIMO, mandaste-me o teu Filho como comandante supremo para controlar-me nas batalhas e fazer-me sempre vencedor.

Como águia altaneira, eu impretava os vôos mais altos, e, ao céu dos céus queria alcansar, subjugava minhas presas já do alto, e meu grito as fazia paralizar;

Mas TU, mandaste-me o teu Filho como harpia corretora de rumos, e meu vôo Ela planou, nas rochas me aninhou.

No entanto eu, neófito de emoções sucumbi no pior dos pântanos do ser. No meu eu, eu divaguei e confiei, permitindo que a soberba dominasse o meu coração, e a michórdia, a minha mente.

E Tu, óh! SENHOR; Mandaste-me o seu Filho como alma, uma conciência interior que com uma linha direta contigo, corrigiste os meus passos que do céu me fizeram cair.

Como cera as minhas asas derreteram-se ao sol forte da manhã; apostei meu exército e o perdi numa simples queda de braço; Cavalo selvagem, fui caçado, dominado e amansado por um velho coxo;

E no meio de toda a escuridão eu olhei para cima e vi a Tua Luz, Senhor a guiar-me em terrenos suspeitos, me ensinar e principalmente transformar o meu viver.

Hoje, nova criatura eu sou, lapidado no fogo, arestado no formão, lixado e ativado em tuas mãos;

Lembro que um dia fui chamado de oração perida, agora DEUS; ajoelhado eu oro pelos que perdidos estão.

Eu te agradeço Senhor, de coração, por teres enfim me confiado essa missão.

Amém.

Por H.F.Costa.