Prece ao desprezo

Elevo meus olhos ao nada que hoje resta,
De um amor que um dia foi meu tudo.
E no silêncio do meu peito,
Dispenso, também, o meu respeito,
Àquele amor que hoje se fez nada.
Desprezo a dor que me consome a alma,
Na súplica insana de atribuir-lhe calma.
Ergo as mãos ao léu,
Entrelaçadas pelas contas lacrimosas,
Que formam meu rosário imaginário.
E nada mais eu prezo nesta prece.
Assim Seja!

Liliane Prado
Enviado por Liliane Prado em 07/03/2010
Reeditado em 02/09/2012
Código do texto: T2124298
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