PERDÃO

Pai,

sinto meus pés cansado,

meu silêncio é triste e abafado.

Meu raciocínio é timido e covarde.

Pai,

Não me assemelho a Ti neste momento

Minha carne passa pelo tormento

que é renunciar.

Embora em tua palavra diga que

renúncia é o passo certo para te encontrar!

Pai,

Nesse dia que me destes a misercórdia

e meus sentidos todos estabeleces,

Ouve oh! Deus a minha prece.

E meu coração venha forjar.

Pai,

Não sou capaz de perdoar

o mau que me fizeram

Nem esquecer a dor que me causaram

Por isso eu sou uma miserável

que preciso do perdão que não sei dar.

Pai,

Sei que seu silêncio é prova do teu amor

Mas preciso ouvi-la a me exortar.

Preciso dos seus conselhos,

preciso me libertar

Dessa emoção desnecessária

Desse rancor que é quase um câncer.

Eu preciso desse imenso amor

para me salvar.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 03/05/2010
Reeditado em 03/05/2010
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