Perdão, Senhor perdão...

Hoje, um pouco desprovida

Totalmente rendida

Senhor não sei o que fazer

Perdoe-me por muitas vezes me arrepender

De todas a decisões tomadas

De andar contigo a árdua jornada

Me perdoa por não saber

Te seguir sem questionar

Me perdoa por sempre querer

O carro na frente dos bois colocar

Tamanha minha insistência

Tamanha minha inocência

Tamanha minha teimosia

Perco a noção do que fazer a cada dia

Vontade de não acordar

De tudo abandonar

Pensando em ti

Então levanto

Porque te decepcionar

Não posso

Olhando para as circunstancias

Me pego em lamúrias

Me perdoa!

Tudo o que vivi

Foi bênção que veio de ti

Contigo aprendi

Quanto valor tem uma alma

Ser mesquinho é miséria

Ser humilde é ser forte

Baixar a cabeça, sinal de realeza

Sabedoria, próprio dos nobres

Simplicidade, dom para reis

Amar, é seguir-te

Quão fiel és a cada dia...

Seus milagres provei e a cada um testemunhei

Mesmo assim,

Aqui nesse corpo falível,

Fico a me perguntar:

Porque mesmo eu ainda vivo?

Perdoe-me

Perdoe-me

Sua presença sempre comigo

Guiando em cada novo desafio

Ingrata ainda digo:

Porque Senhor eu vivo?

Toda minha juventude a ti dediquei

Por completo

Sem reservas

Foi por prazer

Por amor a ti,

Eu sei

Todas as minhas forças

Entregue a Teus pés

Em seu banco de reservas derramei

Me perdoa,

Por favor perdoa

Porque meu coração

Reclama

As conquistas não vividas

As lágrimas que rolam,

Pelo remorso em recomeçar do zero

A vida nesse mundo ingrato, injusto

Hoje as lágrimas caem

O coração dói

Por saber que eu errei

Em cobrar de ti

A decisão que cabia a mim

Fui eu que disse sim

Por saber que fizeste milagres

Mesmo assim insatisfeita

Digo:

Tira-me logo desse mundo viu

Não sabia

Não conhecia

A verdadeira rotina da vida

Vivia em meu mundo

Mundo de fantasia

Que maravilha

O Senhor, o meu pai

E agora descobri

É preciso crescer

É preciso viver muito mais do que eu vivia

Descobri a triste realidade

O mundo é mesmo pura maldade

As pessoas egoístas

Pensam mesmo em sua própria vida

Tu vês isso todos os dias

Eu nem mesmo noção tinha

Como tu sofres

Ao ver toda essa maldade

Nas vidas que criaste

Pensei que um pouco de verdade ainda encontraria

Mas a pura realidade

É que se matam por uma ninharia

Mundo triste cruel

Conhecer-te não queria

Lutei

Sofri

Inocente não entendia

Agora que a cortina rasgou

Caíram as escamadas

Como pode o ser humano

Viver assim?

Nesse drama?

A alma clama!

Como dói o cair da ficha

Rio de lágrimas se torna a vida

Como foi bom viver aqueles dias

Só com o Senhor

Dias em que o maná do céu eu recebia

Que me protegia todos os dias

Agora,

Mandas-me

Do mundo discernir as maldades

Se soubesse, teria negado

Esse seu desejo exacerbado

Teria esse desejo abandonado

Meus sonhos deixado de lado

Aqui estou, eu, a conhecer o mundo cruel

De pessoas que não se respeitam

Errando, acham estar certos

Meu Deus!

O que será de nós no juízo final?

Tem misericórdia!

É o que peço!

Tamanha a ingratidão de nosso coração...

Me perdoa por te acusar

Muitas vezes te culpar

Porque hoje, tudo está difícil...

Sei, tudo o que Tu queres é me ensinar

As vezes, Senhor não aguento

Toda a pressão sobre mim descendo

Mas tudo bem,

Eu compreendo,

Estou amadurecendo

Hoje entendo que inocência

É na verdade característica de uma vida imatura

Própria da infantilidade das crianças

Porque discernimento ainda lhes é loucura

Tenho que discernir a vida por mim

Como uma mulher amadurecida

De Ti, receber o suficiente para viver

Sim é verdade

Tenho que adquirir a maior idade

Perdoa-me

Sei como estava, vencer não podia

Esta sendo muito duro

Me deparar com a triste realidade

Doida

Que em meu mundo não cabe

Difícil compreender como pudemos nos perder

Tem misericórdia te peço

Perdoa-nos por tanta inocência

Continuo procurando a minha existência

Vagando por este mundo...

Perdão, Senhor, perdão...

Te peço de coração...

Smilesheep
Enviado por Smilesheep em 01/11/2011
Reeditado em 07/11/2011
Código do texto: T3310898