Viciado Moribundo
Pai, oh pai, olhe pra mim!
Sou um miserável, indigno de sua presença
Me alicercei com a escória do mundo
Hoje já não me conheço, não pertenço mais a mim
A loucura já é bem vinda.
A humanidade já foi-se a tempo.
O corpo não me pertence.
Ele se mata a cada dia, dia-a-dia é mais um machucado, mais um corte, mais uma queimadura do fogo intenso.
Não sei mais o tom da pele, a sujeira já o domina.
Sou um glorioso moribundo.
Pai o rogo pedindo misericórdia.
Faz-me lembra meu tempo de criança, traz-me novamente a prudência de meus pensamentos, dê-me sabedoria!!!
Mergulhe-me em águas, lave-me, sopre vida de novo.
Sou tolo viciado em crack abobado, sem forças para aborta-lo.
Raras são as vezes que lembro ser humano.
Pois então, juro de amor eterno; Majestoso maestro da compaixão; Dono do amor. MEU DEUS!
Salve-me de meu belo e confortável caixão!!