Viciado Moribundo

Pai, oh pai, olhe pra mim!

Sou um miserável, indigno de sua presença

Me alicercei com a escória do mundo

Hoje já não me conheço, não pertenço mais a mim

A loucura já é bem vinda.

A humanidade já foi-se a tempo.

O corpo não me pertence.

Ele se mata a cada dia, dia-a-dia é mais um machucado, mais um corte, mais uma queimadura do fogo intenso.

Não sei mais o tom da pele, a sujeira já o domina.

Sou um glorioso moribundo.

Pai o rogo pedindo misericórdia.

Faz-me lembra meu tempo de criança, traz-me novamente a prudência de meus pensamentos, dê-me sabedoria!!!

Mergulhe-me em águas, lave-me, sopre vida de novo.

Sou tolo viciado em crack abobado, sem forças para aborta-lo.

Raras são as vezes que lembro ser humano.

Pois então, juro de amor eterno; Majestoso maestro da compaixão; Dono do amor. MEU DEUS!

Salve-me de meu belo e confortável caixão!!

Duca Moraes
Enviado por Duca Moraes em 21/01/2014
Código do texto: T4658084
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