SENHOR, ESCUTAI A MINHA VOZ
CANTO I - Arrastei minha face na areia cortante do deserto
léguas percorri nos pantanosos vales da solidão
Patinei no lodo, cortei-me em galhos secos
E das profundezas, oriundas de meus pecados, a ti clamei, ó Senhor.
Escutai minha voz, esteja atento ao som de minhas suplicas...
Tenho caminhado ferido e em solidão
se tu somente deitar teus olhos aos crimes do mundo
quem há de me remanescer ?
Ergue-se o sol, e os dias são curtos, logo nasce a escuridão
e a face fria da lua
e eu permaneço esperando teu perdão
a resposta para minha suplica...
Minha alma tem sede de teu amor!
Sim, em ti confio, e serei em tuas mãos a tua Israel
redime minhas culpas, reconheço a dor como a água da misericórdia
aquela que limpa minhas iniqüidades...
Certo é que todas a promessas feitas aos teus profetas cumprisse
certo é que todos procuram guaridas em muralhas que caíram
depositam suas oferendas em templos que ruíram...
Todos esperam tua glória no fio de uma espada
Um trovão precipitando ao fogo eterno todos que se apartaram de ti...
Mas eu, que do caldo grosso da dor bebi, confio em teu amor.
Sendo eu tão mal, sei o que é bom para meu filho
Jogaria-mês na eternidade de sofrimento, sendo este vale um lago de lágrimas
De arrependimento?
E quanto ao filho prodigo?
Pai, eis que em farrapo bato em tua porta, esbanjei minha herança
Blasfemei contra ti, e jurei-te vingança... Mas eis que bato a tua porta...
Espero no frio que ouça meu clamor...
Devolva-me a paz que repudiei, em teus braços, uma vez mais quero sentir o calor!
CANTO II - Elevo meus olhos à estrela mais alta...
O verbo quem me ouve e conduz meu coração
Não deixará que irresolutos sejam meus passos
O Sol não me queimará ao dia
E as sombras da noite não me assustarão...
A lua já não será tão fria
O verbo é quem leva-me e minha alma escapou do laço
Como o pássaro que esquiva-se do passarinheiro
O mundo dorme farto na zombaria dos que não desprezam o verbo...
Ele quem desceu aos infernos...
E levou aos céus o servo entre os servos!
CANTO I - Arrastei minha face na areia cortante do deserto
léguas percorri nos pantanosos vales da solidão
Patinei no lodo, cortei-me em galhos secos
E das profundezas, oriundas de meus pecados, a ti clamei, ó Senhor.
Escutai minha voz, esteja atento ao som de minhas suplicas...
Tenho caminhado ferido e em solidão
se tu somente deitar teus olhos aos crimes do mundo
quem há de me remanescer ?
Ergue-se o sol, e os dias são curtos, logo nasce a escuridão
e a face fria da lua
e eu permaneço esperando teu perdão
a resposta para minha suplica...
Minha alma tem sede de teu amor!
Sim, em ti confio, e serei em tuas mãos a tua Israel
redime minhas culpas, reconheço a dor como a água da misericórdia
aquela que limpa minhas iniqüidades...
Certo é que todas a promessas feitas aos teus profetas cumprisse
certo é que todos procuram guaridas em muralhas que caíram
depositam suas oferendas em templos que ruíram...
Todos esperam tua glória no fio de uma espada
Um trovão precipitando ao fogo eterno todos que se apartaram de ti...
Mas eu, que do caldo grosso da dor bebi, confio em teu amor.
Sendo eu tão mal, sei o que é bom para meu filho
Jogaria-mês na eternidade de sofrimento, sendo este vale um lago de lágrimas
De arrependimento?
E quanto ao filho prodigo?
Pai, eis que em farrapo bato em tua porta, esbanjei minha herança
Blasfemei contra ti, e jurei-te vingança... Mas eis que bato a tua porta...
Espero no frio que ouça meu clamor...
Devolva-me a paz que repudiei, em teus braços, uma vez mais quero sentir o calor!
CANTO II - Elevo meus olhos à estrela mais alta...
O verbo quem me ouve e conduz meu coração
Não deixará que irresolutos sejam meus passos
O Sol não me queimará ao dia
E as sombras da noite não me assustarão...
A lua já não será tão fria
O verbo é quem leva-me e minha alma escapou do laço
Como o pássaro que esquiva-se do passarinheiro
O mundo dorme farto na zombaria dos que não desprezam o verbo...
Ele quem desceu aos infernos...
E levou aos céus o servo entre os servos!