Retrato e súplica ao Bom Pastor

Ó, meu Bom Pastor,

Vem comigo e vê.

Eu sei que tudo vês,

Mas quero falar-Te e

Mostrar-Te as coisas do jeito que

Vejo, para que faças como só Tu sabes o que

Precisa ser feito.

Vem, Senhor, e olha

Quantos carros parados

Perto dos hospitais!

Quantas visitas fazem, quantos doentes trazem!

Senhor, olha quantos corações

Partidos, quanta mágoa,

Quanta dor e abandono nesses corações

Traídos em suas essências e raízes!

Senhor, olha as ruas e jardins

Desertos de pessoas felizes.

Ficam só os vagabundos,

Os que não têm ninguém.

Olha, Senhor, as casas,

Há nelas um lugar onde

As pessoas quase não se falam,

Onde fica a televisão.

Senhor, olha os prados:

Quase não há pássaros nem insetos

Fazendo algazarras;

Quase não há prados!

Senhor, olha o Homem,

Ele está doente e a Natureza agoniza.

Acode, Senhor, que para Ti

Ainda há tempo.

Salva o Homem de si mesmo,

Salva a Terra em seus estertores.

Põe um coração sensível em cada um de nós

E une-nos, para que

Ouçamos Tua Palavra e

Teu sensato Ensino.

Vem, Senhor, e caminha

Conosco até o fim dos

Tempos, como prometeste.

Não te canses de nós

E salva-nos até mesmo

A despeito de nossa vontade. Amém.

Neusa Storti Guerra Jacintho
Enviado por Neusa Storti Guerra Jacintho em 14/04/2008
Reeditado em 29/11/2009
Código do texto: T944729
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