O Morto

Troco o ser pelo ócio,

Por prazeres de infâmia

Ruborizados em doses de ódio,

Em asco de cor cutânea...

Vida consumida por teu ópio.

Segrego da vida o veneno

Que se espalha em sua raíz,

Dias de calor ameno

onde um dia fui feliz...

Sede voraz em corpo sereno.

Gasto tempo na mentira,

Na tempesta dor que me agoniza.

Acende-se a funesta pira,

Tudo o que um morto precisa...

Saudade que não respira.

sumadartson
Enviado por sumadartson em 12/08/2008
Código do texto: T1124423
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