O silêncio

 

Estes dias li um poema do poeta Ronaldo Balbacch

O tema do texto era : O silêncio

Até então, nunca tinha percebido

Como era triste e assustador o silêncio

 

A falta de som seja para um surdo, ou para um ouvinte.

Percebi que o silêncio implica coisas muito tristes

Como, por exemplo,

Tem certas freiras que fazem votos do silêncio

Tem coisa mais triste do que isso?

 

Você tem o dom da palavra e ficar mudo

Como se fora uma pedra e nem com olhos

Podem falar, pois podem ser castigadas.

 

Até mesmo para uma pessoa surda

Não ter oportunidade de sentir como é belo

Ouvir os cantos dos pássaros,

O barulho das ondas do mar

A chuva caindo em cima de um telhado de zinco

O som harmonioso que sai de uma harpa

Quando tocada pelos anjos, o som afinado

De um violão, de um piano, o batuque cadenciado de um pandeiro

 

Gente, estou falando do som sonoro,

Ruído, barulho, grito de prazer, grito de socorro,

Buzinas de carros, gargalhadas, músicas alta

Não estou falando do silêncio que a gente

Sente quando está só, o silêncio da morte

O silêncio da falta que nos faz de ter uma

Criança mesmo que dormindo você sente a presença

Do barulho, pois ela representa: a vida, a saúde, o amor

A fé em Deus, a esperança no futuro

E Paz que é uma presença viva do som, pois

Muitos fazem barulho para silenciar a vida.

Então, tirei a minha conclusão:

 

O amor está para a vida assim como o silêncio

Está para a morte. O primeiro são: Cor, vida, som

Alegria, festa, fantasia, chuva, sol, terra, lua, estrelas

Flores, jardins, velhos, crianças, jovens, homens e mulheres

 

Ah! Já o segundo, citarei  alguns itens retirados

Do autor acima citado:

 

Aflição e dor

Tristeza e partida

Ausência de carinho

Um labirinto sem saída

O sono profundo (morte)

A perda de um irmão

Paz sem louvor

Escuridão e pavor

Tédio da noite fria...

 

Para concluir o meu pensamento sobre o silêncio:

Tudo que tem a presença da morte e que nos inspira

A tristeza eu digo que é o silêncio, pois

Este por sua vez é o comprovante que jaz a vida

Quando um coração silencia, o corpo pára

Os ouvidos já não sentem mais o som e o peso

De estar só com o silêncio

É o prenuncio da morte

 

Sol pereira