Ensaio sobre amor.

Amor independe do objeto de afeição.

Pode se amar, sem estar.

Pode se amar, sozinho.

Pode se amar, mesmo tendo sofrido.

Porque se é amor,

Daqueles indispensaveis, imutaveis, eternos.

Daqueles imensos, profundos, insanos.

O amor não morre.

O amor evolui.

E torna estranhamente parte.

Parte do dia, parte do rim,

Parte do fígado, parte da alma,

Parte da agenda, parte das fotos.

Mas não desaparece, não desfaz.

Amor assim, torna se algo simbiótico

Torna se etéreo.

E o objeto de afeição já não importa.

Indeferente.

Se ama, se corresponde, se atende, se vende.

Simplesmente tanto faz.

O objeto de afeição torna se apenas passado.

Torna se apenas fumaça.

Torna se apenas figurante.

Nem se tem mais seu papel principal.

O amor, já não é o outro.

O amor é o tudo, mesmo sozinho.

Adrianna
Enviado por Adrianna em 10/10/2008
Código do texto: T1221706
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.