A Prima

Se sou eu que lhe entendo, se sou eu que tiro a dor

Porque então não sou aquela por que tens um grande amor

Se nas casas e nas ruas avistasse a minha paixão

Tu irias ver-me em tudo, ao redor do seu quinhão

Se na hora do indulto me deixaste então de lado

Me livraste da leveza e carinhos do pecado

Me colaste em seu altar e me deste o que não peço

Quero tudo mais carnal, de tua vida ao teu sexo

Nas centelhas de maldades eu não tô me importando

Quero o casto do outro lado, com carinho me olhando

E da vida quero o podre, quero aquilo que é exceto

Não me diga que sou boa, na verdade, eu não presto

E então me olhando nua ainda não me vês completa

Não me deixe na amargura de tentar a última flecha

E me tome pelo colo e me jogue onde quiser

Pule em mim e me preencha, quero ser tua mulher