A Cornologia

É impossível negar que a nossa sociedade caminha para um neo-liberalismo. Esse novo momento influencia toda a sociedade em todos os seus aspectos. Essa nova era social passou a entender e aceitar melhor o Corno. Mais do que isso, já caminhamos para uma época de Status Cornus, ou seja, o corno agora está no topo da sociedade. É moda ser corno. Podemos afirmar sem sombra de dúvida que se um sujeito informa que é Corno em seu currículo tem muito mais chances de ser selecionado para a vaga de emprego.

Vemos isso claramente, quando um sujeito que ainda não é corno chega a um ambiente social. Ele se sente totalmente deslocado, excluído. A consciência coletiva faz tal pressão psicológica no indivíduo, que este mesmo inconscientemente começa a encontrar meios para se tornar corno, para que se adequar aos demais.

É nesse âmbito que surge a necessidade de uma ciência que trate de um fato social que a cada dia toma maiores proporções em todo mundo. A cornologia busca entender de forma cientifica a personalidade do corno, o papel do corno na sociedade, a influencia psicológica que o fato cornal (adultério) exerce no indivíduo, o surgimento do corno, etc.

Existem três principais teorias que tentam explicar o momento que o Homem evolui para Corno. A primeira é a teoria objetivista, dizendo que o sujeito só se torna quando há o contato físico entre o terceiro elemento (pejorativamente chamado Ricardão) e quem corneia. Apesar de ser uma visão materialista é a mais aceita atualmente.

Teoria subjetivista que leva em conta a intenção de quem corneia. A partir do momento em que é criada e aceita a idéia de cornear o sujeito ja pode ser considerado corno

Existe ainda uma última teoria que já é inclusive obsoleta, é a Teoria do potencial conhecimento da vítima. Esta diz que o corno só é corno quando descobre que é corno. Porém esta teoria deixa uma dúvida: até o corno descobrir que é corno o que ele é? Como pode ser batizado este período entre o fato cornal e o descobrimento do "corno"?

Esta teoria foi criada principalmente com base em um mito que já foi superado pelos estudiosos da cornologia: aquele que diz que o corno é sempre o último a saber.

O Corno definitivamente não é sempre o último a saber. O corno, na maioria das vezes é o terceiro a saber, pois em 80% dos casos de cornos no Brasil acontece entre amigos e conhecidos. O terceiro elemento "já é de casa". Ou seja, o adultero sendo o primeiro, o Ricardão sendo o segundo e o corno, o terceiro a tomar conhecimento do fato.

Em outros casos o corno é o segundo a saber, pois nestes, o terceiro elemento é um desconhecido, e não sabe da existência do corno.

Porem existe um caso, que embora aconteça em menor escala já é muito freqüente nos dias atuais , é a situação em que o corno é o primeiro a saber. É o fenômeno Ab Cornus, ou corníce precoce. Nestas situações o sujeito prevê que logo passará para uma nova etapa da sua vida. Ele se tornará Corno.

A ciência da cornologia é muito extensa com grandes pontos a se tratar, sendo impossível de esgotá-la em um único texto.

A dica que posso deixar para você Corno que está lendo este texto agora é aceitar essa situação. Este é o primeiro passo para a sua evolução como ser Humano. Pois a verdade já é conhecida por todos nós: chifre é uma coisa que o povo fica colocando na sua cabeça.

Gerardy Wilman Joseph
Enviado por Gerardy Wilman Joseph em 21/10/2008
Reeditado em 22/10/2008
Código do texto: T1240850