Rubem Alves - Varanda de Ideias I

Rubem Alves, meu pensador favorito. Pensador? Sim, pensador.

Antes de dar continuação a meu texto quero deixar uma coisinha clara. Este não é um monólogo, é um diálogo. Uma prosa dessas que se leva em um café de esquina. Por isso é cheio de frases interrogativas, cheio de questionamentos, e por isso me refiro a você leitor como um amigo de idéias.

Pronto, voltamos ao pensador. Pensador é aquele que analisa, pondera, examina, pergunta e adquire conhecimentos para ter sempre um bom argumento. E é isto o que Rubem Alves é: um pensador. Desses concêntricos nas raízes de seus pensamentos. Adorável em seus princípios e em suas representações.

Admirável educador. É contra o vestibular, este sistema sublime de se fazer dinheiro. A favor do sorteio para o ingresso na universidade... Quer dizer agora que a carreira acadêmica virou um jogo de sorte? Sempre foi, sempre foi uma jogatina das mais injustas. Só entra quem tem dinheiro (salvo raríssimas exceções que por sorte ingressam neste caminho). Esta lá dentro quem teve condições de freqüentar boas escolas privadas, quem teve pais preocupados com o aprendizado de seus filhos e tiveram condições de mantê-los em uma escola particular. Então por que não o sorteio?

Tive condições de me formar em uma universidade federal, de ter pais conscientes com minha carreira profissional, capazes de me proporcionarem um estudo. Mas a grande maioria da população brasileira não esta enquadrada neste perfil. Não quero recorrer a dados estatísticos para comprovar a situação, receio que não seja necessário, basta olhar criticamente a onde moramos e estatística nenhuma negará.

Mais quero falar mais desse meu amigo de idéias (desculpe a intimidade meu caro Rubem Alves). Em entrevista a revista “Época” ele fez uma comparação dos professores de hoje aos guias turísticos. Isto mesmo! Nossos professores são guias turísticos que decoram seu roteiro, rezam suas ladainhas aos alunos e ainda acham que são injustiçados. Espere-me lá.

A grande maioria dos professores das escolas do ensino fundamental e médio não possui conhecimento o suficiente para serem argumentados sobre qualquer assunto que lhe fujam do script turístico que decoraram. Chegam à sala de aula e derramam durante anos consecutivos à mesma lengalenga. Não se aprimoram, não se especializam, não estão nem aí, esta é a verdade.

Quero deixar manifesto aqui, que não estou falando daqueles professores-educadores que se preocupam com seus educandos e que estão sempre procurando novas maneiras de ensinar, dialogar, explicar, questionar e aprender. Isto, aprender! Porque temos muito a aprender com nossos jovens e nossas crianças.

No mais, retorno o mais breve possível com a segunda parte deste meu texto.

Obrigado pelo tempo desprendido aos meus rascunhos!

Rafael M Menezes
Enviado por Rafael M Menezes em 27/10/2008
Reeditado em 29/10/2008
Código do texto: T1250074
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