Desistência e cansaço

Eu estava ali, olhando toda aquela imensidão, todo aquele mundo maravilhoso a minha frente.

Ao longe o céu tocava o mar, numa linha horizontal e inalcançável.

Senti a paz dos derrotados e o cansaço dos que já morreram.

Estou muita cansada para falar novamente as mesmas coisas. Estou muito calejada para tentar fazer com que me ames...

Em meio as tuas palavras e piadinhas, que nunca, jamais mudam, eu encontro em mim a paz dos derrotados... O silêncio estranho dos que faleceram.

Os meus dias são uma farsa, uma ilusão constante que minh’alma louca cria. Um sorriso feliz nos lábios para não mostrar as feridas que me doem.

Ah,quantas vezes eu não me pego enganada pelo tolo amor que sinto por ti?

Não importa o quanto eu repita que lhe odeio... Eu estou entre o ódio e o amor.

Há dias em que simplesmente esqueço o quanto me machucastes,que tudo é harmonioso e feliz.Que nos amamos e nos queremos bem.Entretanto...Há negros dias...

Dias em que teu olhar me fere, em que tua palavra me mata. Dias em que meu único desejo era nunca ter existido.

Olhando aquela imensidão de vida eu me esvaziei de mim. A minha alma, o meu espírito soltou de dentro de mim e voou pelos ares.

Quando a minha alma alcança o infinito eu posso sentir a paz que todo o mundo me traz. Minha história parece não mais existir e eu posso ser todas as pessoas. Eu sou Maria, eu sou Joana... Eu sofro como Juliana. Mais nunca sofrendo aquela dor rasgante que só o meu espírito traz.

Naquele instante eu senti-me muito cansada para continuar...

Naquele momento eu desisti de lutar por teu amor...

29/10/08

Borboleta aprendiz
Enviado por Borboleta aprendiz em 29/10/2008
Código do texto: T1255206
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