ser sente-se só, a cada passo do tempo
Quando o mato geme em cálido encanto...
com o vento em seu límpido verde tocando...
o que ouço é uma limpa voz...
dizendo para eu deitar com cuidado...
e então adormecer em tranquilo sono...
em meio a insetos nervosos...
em meio a humanos nojentos...
enquanto nasce a lua entre as nuvens...
e meu ser desperta procurando curvas...
entre as árvores que se entortam...
entre as margens do rio que corre...
entre as dores que agora voltam...
a tomar conta de um ser patético...
que sempre procurou por um momento...
em que pudesse descansar só...
em meio a nada e só...
onde só haveria o vento...
e uma paisagem...
gigante como o tempo...
onde a chuva pudesse tocar...
sem medo o chão e o molhar...
e fazê-lo chorar de saudades...
do tempo em que vivia...
e não morria com um nó...
no pescoço...
enforcado...
suado...
estreito e menor que tudo...
mas o ser prometeu a si mesmo, antes de ter tais pensamentos, deixar que seus pensamentos fossem embora e nunca mais tomassem conta de sua mente...e o fez, deixando a vida, a morte, o sofrimento...