Não quero ser poeta...

De onde vim... Não sei...Quem sou?

Dizem que sou alguém... Talvez...

Os meus pais esses são meus ídolos

Mas eu não sei quem sou... Verdadeiramente

Vim através do sons do vento que arrasta

Minha vontade de ser ave e voar na saudade

Atravessei vários riachos e mares esmorecidos

Vesti a capa da minha vaidade e solidão

Fiz amores, arrepiantes paixões de breves momentos

Onde desatei a cantar amor como formas expressivas

Na minha pena eu chorei lágrimas de sangue solitário

Onde as minhas musas abandonaram seu abstracto

Deixei rimas e poemas espalhados e desgovernados

Em breves pilhas de papel esquecido e escurecido

Num quarto sombrio e esquecido pelo tempo

De belos sonetos alguma vez escritos e escondidos

Mas eu paro no tempo da minha vaidade

Chorando amargamente e corpo esmorecido

Porque não quero ser poeta e voltar a ser esquecido

Nas paginas de um velho jornal levado pelo vento...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 21/11/2008
Código do texto: T1296436