Não quero ser poeta...
De onde vim... Não sei...Quem sou?
Dizem que sou alguém... Talvez...
Os meus pais esses são meus ídolos
Mas eu não sei quem sou... Verdadeiramente
Vim através do sons do vento que arrasta
Minha vontade de ser ave e voar na saudade
Atravessei vários riachos e mares esmorecidos
Vesti a capa da minha vaidade e solidão
Fiz amores, arrepiantes paixões de breves momentos
Onde desatei a cantar amor como formas expressivas
Na minha pena eu chorei lágrimas de sangue solitário
Onde as minhas musas abandonaram seu abstracto
Deixei rimas e poemas espalhados e desgovernados
Em breves pilhas de papel esquecido e escurecido
Num quarto sombrio e esquecido pelo tempo
De belos sonetos alguma vez escritos e escondidos
Mas eu paro no tempo da minha vaidade
Chorando amargamente e corpo esmorecido
Porque não quero ser poeta e voltar a ser esquecido
Nas paginas de um velho jornal levado pelo vento...