SOBRE A MINHA SOLIDÃO
É estranho, quando estou acompanhada o meu gostar de mim passa lentamente a ser mensurado pelo termômetro alheio. Gosto mesmo de mim quando estou sozinha. É quando fico solta das opiniões e desnuda de outras faces, que por vezes, misturam-se comigo. Fico a sós com a solidão e o essencial em mim floresce. Não, que eu não possa contar ao mundo quem sou, mas acho que as pessoas não acreditariam, no inacreditável. Correria, então, o grande risco de ser influenciada a desacreditar que existo. E poderia até tornar-me um tipo desses que estão devidamente catalogados. Eu só existo dentro de mim.