Na real...

E assim

toda semana um segredo na garganta

quando se agiganta o medo

mal o dia se levanta

O que eu vejo,

logo esqueço e nada escrevo em meu diário

meu possivel,

meu imaginário onde aceno à minha dor

Nas esquinas dessa cela

minha alma desarmada amanhece na favela

e morre alí desnorteada

Vejo tudo através desse corte

na garganta um gosto amargo de morte

na cabeça um pensamento sem cor.