A Vaidade

A Vaidade

O Sétimo céu do inferno está representado pelo sétimo e ultimo pecado a Vaidade. Força da identidade pessoal uma força positiva que mora no Pecado. Vaidade e orgulho, os dois atributos do sétimo pecado, são exemplos de como é ambígua essa força dentro de nós. Uma força terrível de se dominar, pois em que pontos da vida, devemos compreender que estamos errados, quando gostar e cuidar de si mesmo vira o desejo exagerado de atrair admiração? Quando o orgulho deixa de ser um sentimento de dignidade pessoal e transforma-se em arrogância e amor próprio nos levando ao exagero? Nos labirintos da vaidade, a armadilha está em deixar ser dominado pelo desejo excessivo de ser especial. E de se encantar pela futilidade, por aquilo que é vão e ilusório. Si, eu sei que todos nós temos em essência o dom de ser único e especial, e é isso o que nos distingue do resto da humanidade. Mas quando puder ser conscientes e experimentar isso, nos sentidos plenos. O que acontecerá? – Só tenho que lembrar que a falta dessa energia, entretanto, nos tira a graça e a vontade de cuidar de nós mesmos. A vaidade está no corpo físico e astral localizada no sétimo chacra, conhecido como coronário, sua cor é violeta. Está situado no alto da cabeça é ele sede da espiritualidade. Promove a inspiração e a elevação da consciência. Seu equilíbrio torna-se muito difícil uma vez que temos que controlar e equilibrar a vaidade. – Temos que ser humildes e manter a serenidade de não se deslumbrar com seus atributos. Valorizar nossas qualidades, mas não perder de vista nossas imperfeições, e sempre nos lembrar-mos de nossa condição seja ela espiritual ou humana. Procure reconhecer nos outros a mesma luz divina que brilha em você. Tenha um altar ou espaço para orações, onde se conecte com as forças superiores e se conscientize do quanto somos pequenos frente ao divino. Para entender melhor vou contar uma historia:

Era uma vez, um lugar chamado "Vale dos Sentimentos”. Lá moravam todos os sentimentos do universo, cada qual com o seu nome. Alegria, Riqueza, Sabedoria, Determinação...

Apesar de seres tão diferentes, se davam muito bem. Até os sentimentos como Orgulho, Tristeza e a Vaidade não tinham problemas entre si... Mas era lá no fundo do vale, na última das casinhas que morava o mais bonito dos sentimentos: era o Amor!

Ele era tão bom que quando os outros sentimentos chegavam perto dele, ficavam mudados porque eles sabiam que, dentre eles, o amor era o melhor! Porém, no mesmo vale, num lugar mais afastado havia um castelo. E lá também morava um sentimento, só que não tinha nada de bom... Era a Raiva! E a Raiva, de tão ruim que era não gostava dos moradores do vale! Por isso, quando acordava de mau humor, fazia de tudo para estragar a beleza do lugar.

Certo dia a raiva teve uma "boa" idéia: foi até o calabouço de seu castelo frio e escuro e preparou a poção mais esquisita e estraga-prazeres que já se teve notícias!

A fumaça da poção tomou conta do vale e se transformou numa tempestade como nunca se tinha visto antes... Quando o vale se encheu de raios, chuva e vento, todos correram para se proteger. O Egoísmo foi o primeiro a se esconder, deixando todos para trás... A Alegria deu risada de alivio por te se salvado rapidinho...

A Riqueza recolheu tudo que era seu antes de se abrigar!

A Tristeza... A Sabedoria... A Vaidade... Todos conseguirão chegar a suas casas a tempo! Todos, menos o Amor. Ele estava tão preocupado em ajudar os outros sentimentos que acabou ficando para trás. Então, uma coisa aconteceu: um raio bem forte caiu sobre o vale atingindo o Amor.

A Raiva deu sua tarefa por cumprida e foi dormir...

Quando a tempestade passou, os sentimentos puderam abrir as janelas aliviados... Mas, ao saírem eles sentiram uma coisa diferente no ar... Foi então que eles viram... - O que aconteceu com o Amor?

- Ele não se mexe!

- Ta tão parado que até parece que... Morreu!

Nisso, a Tristeza se pôs a chorar...

O Orgulho não aceitava. Disse que era mentira!

A Riqueza disse que era um desperdício...

E a Alegria, pela primeira vez, não sorriu...

Foi ai, que uma coisa estranha começou a acontecer...

Os sentimentos começaram a ter desavenças, porque sem o Amor para uni-los as diferenças aparecem...

A situação já estava bem ruim quando eles repararam que estavam sendo observados. Alguém que eles nunca tinham visto antes!

Então, o estranho se ajoelhou diante do Amor, tocou-o calmamente e ele abriu os olhos! E os sentimentos gritaram:

- Ele não morreu!

- O Amor não morreu!

Foi aí que todos puderam ver o rosto do estranho que se chama... Tempo.

E todos comemoraram porque o Amor estava vivo e sempre vai estar porque não há nada que acabe com o Amor, tendo o Tempo ao seu lado para ajudá-lo...

A Paz e a Harmonia voltou a reinar no Vale dos Sentimentos...

E sabem o que aconteceu com o Amor e o Tempo?

Eles se casaram e tiveram três filhos: A Experiência, o Perdão e a Compreensão, que moram até hoje no Vale dos Sentimentos, lá no fundo de um lugar chamado Coração!

Quanto a Raiva... A raiva ela é momentânea em todos os seguimentos da vida. Ela não habita os corações do verdadeiro amor... O amor incondicional...

Trecho do Livro “O Príncipe das Trevas”

Autor: Jose Meireles do Nascimento

Jose Meireles
Enviado por Jose Meireles em 28/11/2008
Reeditado em 25/05/2009
Código do texto: T1308232
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