A ORIGEM

A ORIGEM

A mente humana, na busca permanente para compreender a sua própria existência e o Universo que o cerca, desde os primórdios do seu desenvolvimento, tem procurado atribuir as suas próprias características de sentimento, a entes que criariam em sua imaginação.

Os seres primitivos, assim como o homem atual, proveniente da evolução daqueles, no início, devido ao seu pouco desenvolvimento mental, veria nas forças da natureza, um ente aterrorizante às vezes, e em outras vezes, benéfico e protetor. Diante da constatação de sua extrema fragilidade como elemento físico, sem nenhum poder para dominar aquelas forças antagônicas, se criaria inicialmente na mente deste homem, a idéia de um poderoso ente, possuidor de momentos de força destruidora e ira ameaçadora à sua integridade física, o que lhe encheria de temor e, em outros momentos, se apresentando extremamente benéfica para com ele. Diante desta duplicidade, os homens primitivos em evolução, tenderiam a dividir a poderosa energia criadora de todos os efeitos que os envolviam, em dois entes, um bom e outro mau, em função, respectivamente, daquilo que lhes era agradável ou daquilo que lhes era adverso. Com a evolução desta visão primitiva do seu universo consciente, chegariam por fim a criar uma multiplicidade de entes, que expressassem os seus sentimentos, em função dos vários efeitos produzidos pela poderosa energia natural.

Assim, em várias partes do planeta, esta idéia ou visão subjetiva teria evoluído de forma mais ou menos semelhante e independente, em função do desenvolvimento destas civilizações, sendo que em algumas regiões do planeta, muitos mantiveram e alimentaram a existência de vários entes poderosos, ou deuses e em outras regiões, tais povos, resumiriam com a existência de dois poderosos entes, o do bem, ao qual chamariam Deus, e o do mal, ao qual chamariam Demônio.

Assim, teria neste estágio, o homo sapiens atual, criado o seu próprio criador, e atribuído a este, os sentimentos mais nobres e construtivos .

Esta evolução mental levaria no entanto, o homem em particular, após a criação deste sentimento do ente do bem, ao qual chamaria Deus, a revesti-lo de um caráter ideal, baseando-se em sua própria concepção pessoal do que seria o ser ideal. Agora estaria criado então o seu modelo ideal, de onde seria refletido para todos, o último estágio de refinamento dos sentimentos mais nobres e poder, que o próprio criador daquela divindade, o homem, supunha existir.

Deus então, em última análise, seria na verdade um sentimento, e não um ente, e por conseguinte, algo em permanente evolução em cada indivíduo. Desta forma, por ser um sentimento pessoal ou coletivo, cada indivíduo ou coletividade possuirá a sua visão particular do que significa Deus.

Sabemos no entanto que tal sentimento, como todo sentimento, é uma vibração de energia mental superior, que se irradia por toda a volta e pelo Universo, o que em uníssono com outros nesta sintonia, gera num crescendum infinito, um grande poder transformador, que cada vez mais regerá e transformará o Universo.

Sim, Deus existe como um sentimento, uma energia muito forte, incomensurável, capaz de transformar o Planeta e o Universo, pois ele é em princípio o somatório desta fabulosa energia construtiva produzida por todas as mentes em permanente evolução.

Assim, nós seres de todo este Universo, tão mais evoluamos, pelo nosso próprio esforço, nos aproximaremos mais no nosso modelo ideal e imaginário que criamos, que é Deus.

Assim, percebemos que as nossas mentes em evolução, tem a capacidade extraordinária de conceber este modelo ideal, superior a nós mesmos, tendo aquele como meta a ser atingida, mas que na verdade é inatingível, pois esse modelo estará sempre evoluindo em relação às suas características originais.

Conclui-se desta forma, que ele, Deus, seria inexistente, caso não houvesse a mente dos seres evoluído do seu estágio primitivo.

Um modelo em aperfeiçoamento no entanto, o que não poderemos deixar de constatar, se ousarmos analisá-lo do ponto de vista Universal das coisas, uma vez que todos os seres tendem a evoluir pela eternidade.

Fragmentos do estágio primitivo, no entanto ainda subsistirá por longo tempo, dentro do ser humano como o conhecemos neste planeta, caracterizado pelo seu atual nível de evolução mental, que o leva a produzir também o mal, para si próprio e para os seus semelhantes, muitas vezes ser ter o mesmo a visão deste fato.

Assim, cada um de nós, nos deparamos com um grande desafio, que será o nosso aprimoramento pessoal, o qual passará muitas vezes por grandes provas, até atingir o limiar da verdadeira razão e da felicidade plena, que é o objetivo de todos.

Ogar

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Enviado por Ogar em 13/04/2006
Código do texto: T138777