PEQUENAS OFENSAS E GRANDES PECADOS

Para Deus todos os pecados têm o mesmo peso, mas para nós, seja no nível espiritual ou não, a sistematização do pecado leva à cauterização da consciência, fazendo que comecemos a não dar valor para a gravidade do pecado. Então o ato irá se tornando comum e perderemos a capacidade de julgar entre o certo e o errado.

Portanto, pecar, sempre pecaremos, mas, enquanto não tentarmos minimizar a gravidade do pecado sempre haverá um sinal vermelho nos advertindo dos erros, nos impulsionando ao arrependimento, à confissão e pedido de perdão, indicando que devemos abandonar a prática pecaminosa o mais breve possível, partindo para o acerto. Sendo assim, porque não perdemos nossa capacidade de perceber que o pecado é grave, o evitaremos, lutando para não reincidir, demorando, talvez, a reincidir ou não mais reincidindo. Todavia, pecaremos ainda em outro ponto. Nesse caso, o mecanismo da autocensura será acionada novamente, percorrendo todo o cirquito novamente com vistas a nos levar ao abandono de mais esse pecado.

Em contrapartida, se tornamos o pecado comum ao dia-a-dia, como no ato corriqueiro de fumar, beber, adulterar, praticar homossexualismo, tratar mal, etc., terminaremos por ignorar a gravidade de tais práticas, passando a tratar o ato pecaminoso como normal cauterizando daí a consciência e impedindo o Espírito Santo de nos convencer da gravidade do pecado, de seus danos a nossa vida e a da sociedade. Logo mais passaremos a divulgar tais pensamentos para reforçar a convicção de que não estamos errados. Daí surgirão pessoas a nos censurar, contra o que argumentaremos com mais veemência, tentando nos convencer de que o pecado que praticamos não é grave, não produz conseqüências.

Quando nos criticam é o Espírito Santo a falar, como antes falava diretamente em nosso pensamento. Se repelimos as críticas, repelimos o Espírito Santo, que com o passar do tempo não mais ouviremos. Então a consciência ficará sem referência, à mercê do nosso próprio julgamento com base nos critérios mais instintivos. Daí para frente tudo que desejarmos fazer e acharmos que é errado argumentaremos com nossa consciência minimizando a gravidade do ato até nos convencermos de que aquela prática não é errada, não prejudica a nós ou a ninguém mais além de nós.