Sempre

Às vezes somos rudes, superficiais com pessoas que não nos parecem muito importantes e acabamos perdendo ali, naquela oportunidade, a descoberta da pessoa mais especial de nossas vidas.

Às vezes renunciamos coisas essenciais, para tentar viver o que acreditamos ser a felicidade. Terminamos por nos perder em nossos sonhos, afogar nossa identidade no que idealizamos.

Às vezes julgamos mal o diferente, por ser obtuso e desconhecido. Sem perceber, não enxergamos à inovação, não avançamos e permanecemos no habitual.

Às vezes sentimos o peso dos conceitos estabelecidos pela sociedade, alienando-nos. Esquecemos que somos a sociedade, julgamos e somos julgados.

Às vezes impulsos nos dizem para agir, sentimentos ditam ações. Quase sempre os abafamos, preferindo a lógica da razão, somos cercados por estigmas.

Às vezes suprimimos uma lagrima ou sorriso sincero por vergonha ou medo. Tornamo-nos insensíveis e duros por simplesmente não mais nos permitir.

Às vezes o que já possuímos não parece ter valor, não é dado o devido cuidado. Acaba que ao perder, percebemos que o bem mais valioso era nosso e não sabíamos.

A eternidade é momentânea, devemos fazer dos momentos eternos.