Estrada pro nada
Abra a palma da sua mão e enxergue a sua história
Sinta todo o prazer que há em ser você, uma trajetória
Conte todos os desvaneios que incomodam seu coração
Pense sempre no bem alheio e procure sempre uma direção
Cerre os punhos e feche os olhos e enxergue ou dimensão
Veja símbolos de sua memória que não pairam na sua visão
Crie coisas que te acalmam pra viver nesse nervosismo
E me enxergue entrando triste pela porta do paraíso
Afinal o que há de errado em você? Se estamos dispostos a tudo
O que prende seu corpo ao seu belprazer? Grite ficando mudo
Se estamos aqui pro que der e vier? Porque isso nunca vem
Se esperamos sentados na estação da vida a morte do trem
Olho pra todo lado e só vejo pessoas olhando também
E quem vê o que há de errado percebe espantado o frescor que há no bem
Uma leve e intensa vontade de ir caminhando sem ter que voltar para o nada
Como se a vida fosse um olhar na janela de um carro na estrada