O Ato de Ser

Desde o inicio da civilização que conhecemos, o homem tem se deparado com uma questão complexa: - O que somos?

Mas como poderíamos responder a tal resposta, se nem menos sabemos dizer o que desejaríamos ser?

É necessário mais do que essa outra pergunta para se sanar a duvida do que realmente se é, mas ser é uma palavra ambígua e seu significado não poderia ser diferente

Existem diversas faces do ser, que são, costumamente alteradas, pelo ambiente que nos cerca e por nossas pré-disposições

Podemos ser qualquer coisa e temos a capacidade de nos acomodarmos com qualquer um dos 'eus' que chegamos a ser em algum momento.

Conformismo: isso mata o ser 'pensante' e renasce o ser 'convivente', 'condicionado'.

Esse conceito tende a mudar com as ferramentas culturais e tecnológicas que hoje temos à disposição, mas precisamos também realçar nossa autonomia, fazermo-nos senhores de nosso próprio engenho e deuses de nossa própria crença.

Estereótipos são cada vez mais freqüentes mas quem os denomina é a sociedade que, por sua vez, é formada por uma gama de indivíduos, que são únicos e que podem mudar o alvo de suas visões para um 'ser' mais amplo.

É imprescindível convivermos com nós mesmos e tentarmos estabelecer uma visão externa do que somos, ver como somos vistos dentro do que somos sem usar os olhos da sociedade, mas dos nossos.

Auto-avaliação, auto-critica, são os nomes comuns que damos a isso

Mas isso deve ser um exercício mais complexo, uma pergunta ainda mais cativante:

- O que poderíamos ser se não fossemos nós, desde sempre?

Isso abre nossos horizontes para uma visão mais ampla e, diga-se de passagem, mais privilegiada.

Somos não o que somos hoje, somos o que quisermos ser ontem.

Construímos o futuro e não podemos ser reféns dele.

É no presente que está sua essência, sua vida não deveria se apegar ao passado, muito menos ao futuro.

Cada dia é uma vida nova que nos é concedida, independente da posição social que tenhamos ou os preceitos religiosos que absorvemos durante nossa busca por nós mesmos.

Somos o que queremos ser, hoje.

Amanhã seremos o que quisermos que o amanhã nos ofereça

E assim por diante.

Talvez, dessa forma, conseguíssemos parar de colocar a culpa em divindades ou em elementos naturais de tudo o que nos acontece.

Atraímos aquilo que emanamos e isso é só do que precisamos saber.

Ser você mesmo não é ser autêntico, 'ser' sem máscaras ou 'ser' sem captar os comportamentos que somos condicionados a aprender

Ser você é ter domínio sobre o seu próprio universo e independer de fatores externos.

è deixar que o divino que há em você seja cultuado sem, no entanto, atingir o fanatismo.