Muito prazer, meu monstro!

Escrevi este texto em um momento de muita tristeza por algo que queria tanto e não consegui. Devo confessar, embora muito envergonhada, que tive inveja e raiva das pessoas que conseguiram tal feito e que definitivamente: mereciam tanto quanto eu! De repente me descobri assim, com esses sentimentos extremamente feios. Depois do surto particular (porque felizmente eu estava sozinha), o sentimento que veio foi de vergonha, culpa. E isso está demorando pra passar. Confessar isso pra mim e escrever já foi muito difícil, pois sei que estou arriscando um “pré-conceito” da minha personalidade, mas a minha esperança é nas pessoas com quem convivo. Eu só preciso acreditar.

Quando me descubro, me desprezo!

Quando tiro minha máscara,

Minha casca, e me vejo,

Enxergo não o que há de humano,

Mas o que há de ‘raça humana’ em mim.

Me envergonho fundindo sentimentos ora de raiva,

Ora de angustia - quando percebo como são baixos os motivos que me levaram a tal ira.

Tento me consolar pensando que não há nada mais humano do que errar!

Busco por alguém que possa me ouvir, me dizer que não: que eu não sou assim...

Esse alguém invisível que eu nunca encontro...

Em fração de segundos a culpa me consome e o consolo some.

O medo de que tudo aconteça outra vez me impede de tentar. Me sinto debilitada, má, incapaz de dizer algo que conforte alguém!

Incapaz de ficar feliz por alguém, e extremamente triste pela possibilidade que as pessoas possam acreditar nisso.

Quando na verdade, o meu sacrifício é tentar a cada dia ser uma pessoa melhor. E este caminho está sendo muito difícil.

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 18/03/2009
Código do texto: T1492979
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