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Desde muito pequeno sempre fui acostumado a ter grandes coisas, grandes pessoas e, por conseguinte grandes acontecimentos fizeram-se presentes em todo esse caminhar confuso entre labirintos dos quais não temos mapas.

Minha infância não foi fácil, mas mesmo assim superada foi. Minhas escolhas durante todos esses períodos mais complicados e conflitantes na vida de qualquer um em qualquer tempo, sempre foram meramente redemoinhos de poeira que com um simples fechar de olhos se controla.

Não conhecia o medo e nem o dava espaço, pois em fortaleza boa muro não existe. Várias vezes ouvi por alto alguém dizer que só o tempo para curar certas coisas, certas dores, certos acontecimentos. Desconhecia eu, que a brisa que vem e te afaga a pele pode ressecar esta de forma igual e imediata tal qual um beijo de pessoa que se ama.

Bilhares de milhares de milhões de vezes vi pessoas que sentiam o receio de seguir em frente, de seguir para os lados, de parar simplesmente e principalmente de recuar.

Hoje diante de tudo que nem sei o que é, não tenho tudo que sei. Engraçado como um determinado segundo muda e todos os seus conceitos adquiridos em um rápido olhar de desespero em face da pessoa que se ama na hora da partida pode te trazer coisas antes ouvidas e vistas.

As muralhas transformam-se em papel marche, os sentimentos te possuem feito agulhada de abelha pousada num capacete esquecido. O conteúdo de copos tornam-se e tornar-se-ão menos saborosos e jamais saciarão. As frases idiotas tem sentido, os toques indesejados são almejados como se fossem o ultimo suspiro de ar para quem precisa mais que você, as fontes dos olhares sinceros e puros secam e você não pode chamar a droga do carro pipa.

Penso que, se de forma doida como sempre fui, como sou e principalmente amplificadas por batidas de um coração que agora é só metade vai ser ouvida pela droga do surdo da indonésia, os golfinhos insanos do mar de alguma droga, mergulham inebriados com a liberdade de quem suportaria um direto arpão em seus pensamentos curtos.

Preciso de lógica, preciso de tantas coisas que são mais importantes do que eu, quero ser algo que não sou porque esta existência não existe, a aparência simplória de um aperto de mão para deixar de ser míope, deixar apenas.

Enfim, a sombra não mais existe, pôr-do-sol lunático do cassete.

Não sei!

Ps.:(infelizmente, deixo aqui minhas ultimas palavras, meus ultimos sentimentos, pois tudo que é bom, dura pouco. Fiquem com Deus, se é que ele exxiste!)

Tino Neto
Enviado por Tino Neto em 19/04/2009
Código do texto: T1548458
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