Falando na cara!


Gosto de quem fala as coisas direto na cara.

Não com a intenção de menosprezar ou agredir mas com a fé que impõe de que o outro pode ou deve ouvir sem cair.

E mesmo que caia, este continuará a falar se ou outro quiser ouvir mas não irá estender-lhe a mão. O fará desejar que se levante sozinho para que aprenda que tem, em primeiro, a si.

Se o outro ficar ao chão, não o condenará.
Nem por isso sairá do seu lado.

Se se levantar não irá aplaudi-lo, para mostrar-lhe que não importam os aplausos outros. Basta os que venham de dentro de si e pra si.

Porque os externos se calam enquanto os internos reverberam e o movem ao alto.


(Ana Átman)







Falando na cara! (II)


A cara é lugar do dedo 
E também do beijo 

É lugar do tapa 
E do rubro sinal... 
... de desejo 

É lugar que fecha, cai no chão 
Que se enche de vergonha... 
... é lugar de sem...

É lugar de pau (Cara-de-pau?)
É lugar de tacho, mas... 
Sabe o que eu acho?
É de onde vem.

Tanto o sorriso, iluminada
De lágrima, toda lavada...
De emoção, deste meu ato
Do choro teu que desato.

Eis o fato, e que nunca tarde:
Tua cara é lugar de verdade.


Ricardo Vieira







Obrigada, querido, pela parceiria. 
Sinto-me feliz por ver que meu pensamento virou tua poesia.
Ana Átman
Enviado por Ana Átman em 16/05/2009
Reeditado em 24/05/2009
Código do texto: T1597636
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.