QUANDO ACORDEI... QUERIA DORMIR OUTRA VEZ...

Quando acordei um sentimento estranho invadiu meu coração.

Saudade? - não, não era saudade! Também não era tristeza. Simplesmente acordei pensando em mim... Na mulher que dorme sozinha e acorda já pondo ordem na asa. Na mãe que ama, cuida e se preocupa. No ser humano que costuma olhar a natureza e fixar o olhar em sua beleza, meditar nela e senti emoção no movimento das aves, no cheiro de terra, no balançar das árvores... Na luz do sol resplandecendo o Verde... No medo que sente ao caminhar nas ruas... Na filha que sai e que enfrenta sozinha essa selva de pedras. – vontade de ficar deitada, dormir sem pressa para levantar... Não tem jeito, é preciso encarar a vida. Tomo um banho demorado, sentido o barulho da água batendo no meu rosto e escorrendo pelo meu corpo... Troco de roupa – me olho no espelho e gosto do que vejo. Vou até a cozinha, tomo apenas um copo de leite, pego a bolsa e saio.

Na rua, meu primeiro olhar é para o sol – cadê o girassol? . O céu está azul, mas ontem choveu, pois a terra está molhada. Olho em volta e vejo a cidade acordada, o trânsito maluco, barulhento. As pessoas indo e vindo... – Queria ficar em casa, voltar para cama... Continuo! Pego o ônibus e sinto-me estranha outra vez. As pessoas sentadas me observam, assim como a todos que entram; rostos sérios, olhares distantes, nenhum sorriso ou palavras. Cada um perdido em suas histórias, sonhos, desejos, frustrações, pensamentos não muito diferentes dos meus – talvez.

... Pela janela vejo a vida passar – que gostoso seria ficar deitada, tomar café na cama, escutar uma música baixinha, falar ao telefone, preguiçar... É hora de descer!... Caminho alguns metros e lá está o verde das árvores, a natureza, os pássaros, o cheiro de terra, numerosas flores – menos o girassol. Caminhar entre elas é mágico; Agradeço a Deus esse privilégio e começo meu dia... Matemática, geografia, ciência, nenhuma estória.

18: 00 h deixo tudo para trás, me despeço com o olhar da natureza que me encanta, fazendo-me esquecer todas as imperfeições do dia... Volto para casa, para minha filha... Em paz.! Não vejo violências, assaltos, nenhum acidente. – Quem dera, fosse sempre assim!...

Como será amanhã? Não sei!... Hoje vou dormir feliz...

DEUSANEGRA
Enviado por DEUSANEGRA em 31/05/2009
Código do texto: T1624830
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