Eu admito

Tantas pessoas dizem que jamais farão aquilo ou aquilo outro, enfim, entrei para a estatística da fraqueza por aquilo que se gosta. Pôr pra fora algo que se tem de preso ou de algo que transborda de dentro de si deve ter um motivo lógico, caso assim não fosse, tantos não o fariam.

Como nunca fui das massas mesmissicas, faço o que quero e sinto na hora que estes vêem, não tenho segredos para mim, para poucos alguns apenas, sempre fui mais de ser do que pensar em ter. Maioria. Às vezes temos, sem sermos.

Recordo-me de certa feita ter tencionado e me condicionado, privar instintos de saírem por ai como quem anda descalço em praia de areia com mariscos. Assim como tento segurar no arreio invisível dos limites de meus pensamentos, minhas vontades incontroláveis sejam elas naturais ou licorianas. Ando, saio de mim nos caracteres negros que mancham o papel digital em minha frente, liberto meus dedos rápidos como se linkados diretamente com meus sonhos e pensamentos, que vez ou outra se equiparam com um processador incriável, incapaz de ter toda a reviravolta de tudo que tenho em mim e tudo que terei segundo o que sou, o que faço, o que quero e o que por desejo incondicional é meu, de mais ninguém.

Alguns podem simplesmente me tachar de inconstante, eu não me tacharia nem tão pouco me acharia somente nisso, caso me achasse completamente, agora não estaria aqui perdido em meio aos tais caracteres negros, estaria sim, achado em chatos pensamentos claros e sem dúvidas do que de fato são.

Prefiro estar perdido e ser amante de minhas reviravoltas.

Tino Neto
Enviado por Tino Neto em 02/06/2009
Código do texto: T1627608
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