Mãos com vontade própria

Quando as minhas mãos se movem sozinhas é que escrevo as pérolas mais interessantes que vocês lêem aqui. Agora (texto escrito noite passada) faltam poucos minutos para que um novo dia dê início e daqui sete horas tenho que estar acordado para iniciar mais um dia de descobertas.

Na minha frente, uma dezena de papéis que revelam a desorganização da minha mesa de trabalho e a correria que o dia foi. A gaveta das entrevistas entreaberta mostra pedaços de uma reportagem que poderia ter sido a mais lida do dia, se tivesse sido escrita. Neste momento, minhas mãos trabalham sob minhas ordens, por isso esse monte de informações perdidas pelo papel.

Há duas canetas a minha frente destampadas e um copo vazio.

Por um tempo desejei que este copo estivesse com um pouco de uísque, mas talvez isso não seria bom para a gripe que me deixa debilitado e te impede de ler algo mais interessante e ocupar o tempo com algo mais produtivo.

Hoje, estou em um de meus trabalhos, novamente cheio de papéis próximos e além de mim uma imensidão e uma saudade. Será que ela vai aparecer e melhorar um pouco essa semana, ou será que... Ela veio, boca deliciosa, me faz esquecer de tudo...