dia deprimente ¬¬

13/06/09 (pós-dia dos namorados) 01:55 da madrugada.

Igual a hoje.

Diferente de hoje.

Meus erros e meus acertos.

Meus planos e minhas esperanças.

Normalmente eu escrevo por alguma razão, pra dizer alguma coisa, mas hoje é um daqueles dias irritantes, em que a gente se sente mais só, em um estado confuso de reflexão.

Eu dormia, acordava, voltava pra cama, até que esse ciclo se tornou o ritual de fuga menos eficiente.

Queria que alguém se importasse.

Uma pessoa no meio do resto da humanidade. Uma pessoa que mesmo tão longe, sem espaço, sem motivo, sem querer, simplesmente estivesse pensando em mim agora. No que eu faço, se eu estou bem ou se tudo parece tão bem definido quanto os planos que eu criei pra minha vida.

Ainda assim, é triste.

O dia todo foi bom, eu ri, me diverti com as meninas, quase esqueci o que eu sinto. Quase.

São 1:55 da manhã.

Não tenho sono.

Acho que vou passar a noite toda em branco, riscando agendas, atualizando diários e histórias.

Uma parte masoquista de mim ainda espera algum sinal. Sei lá. Uma ligação no meio da noite, uma carta de amor, uma estrela caindo, um pouco de coragem pra incendiar todas as coisas que não tem mais chance.

Eu sou como todo mundo, mas me sinto a única.

Eu sou aquela garota escondida atrás de um livro, cobrindo o próprio rosto com a capa, e suspirando pelo garoto popular a quem amo secretamente.

Eu sou a garota que não se importa com moda, tendências, namorados insípidos e conversas com amigas fúteis, aquela que ironiza o quão idiota podemos nos tornar.

Eu sou aquela que não sabe o que quer, que um dia tá apaixonada e decidida a gritar pro mundo, e no outro tá simplesmente cansada de não ser o bastante pra ninguém.

Eu sou aquela garota das notas certas, das respostas rápidas e do sorriso mais fácil de ser conseguido.

Eu sou uma daquelas lerdas que vivem em negação. “Eu? Apaixonada? Eu? Com ciúmes? Eu? Na fossa?”.

E se você precisar de alguém, eu vou estar lá; porque eu quase sempre estou por perto, e me nego a te deixar.

Eu não meço as palavras nas horas certas.

Às vezes eu digo tudo o que eu sinto e eles me olham como se eu fosse louca, aí eu só dou de ombros e falo “eu tava brincando, porra”.

Acho que algumas vezes eu to certa quando me dou conta que eu cometo os erros cruciais sobre amor, sobre a vida.

Garotas são mais simples, procuram o cara que não existe, encontram o cara que precisam e quando admitem pra si mesmas o que sentem, traçam uma linha fodida de teorias conspiratórias, coisas do tipo “e se ele disse isso só porque quer que eu caia na dele?”, “Não, ele não pode ser perfeito...”, ou “Tá vendo o que dá acreditar em um garoto? Tá vendo? É por isso que eu falo que todos os homens são iguais”.

Não que eu seja uma defensora do sexo masculino, só to dizendo o que acontece.

Quer dizer, eu já me ferrei zilhares de vezes por confiar nas pessoas. O problema é que eu costumava precisar das pessoas aparentemente mais do que as tais pessoas precisavam de mim. Aliás, acho que ninguém nunca precisou de mim nas horas certas.

Garotos são mais diretos, objetivos. Disso todo mundo sabe.

É sempre quando fazem merdas irreparáveis e não há a quem recorrer, aí eu permaneço onde sempre estive e eles me procuram, como uma forma de encontrar segurança que no passado tudo era menos complexo e que a garota disponível sempre tem a resposta pros seus pensamentos.

Mas eu particularmente os acho interessantes.

São contraditórios por demasiado.

Muitas vezes já me perguntei se o que diziam era realmente o que eles queriam que fosse ouvido.

Não que eu seja especialista em garotos, fala sério!

Na verdade, tudo (ou nada) que eu sei sobre garotos vem graça as minhas experiências (incomuns) de ser conselheira-amiga de alguns garotos, inclusive semi-apaixonada por um deles.

Isso é realmente um problemão, é mais complicado que parece.

Pra começar tem 2 garotos, um que eu considero amigo, e outro que eu... Hm, ah, vocês entenderam né!

Vamos chamar um deles de garoto A e outro de garoto B.

Certo, o garoto A é meu melhor amigo. E a nossa amizade é mais forte que todas e qualquer possível amizade com qualquer outra pessoa no mundo.

Ele realmente me conhece. Eu realmente o conheço. Contamos histórias, confiamos segredos um ao outro.

Dã.

E tem o garoto B, e esse sim eu acho que to semi-apaixonada.

O caso é que ele mora longe pra porra, e nunca nos vimos. A-hã, é uma merda. Eu sei. É uma amizade meio que virtual, ou melhor, totalmente virtual.

Mas ele é perfeito.

Ele diz as coisas certas na hora certa, ele é... Surpreendente, incrível, engraçado, irônico, quase-romântico e super sincero.

*-*

Eu nunca me apaixonei. FATO.

Talvez eu só esteja meio fascinada pelo fato de esse garoto B não me entediar e parecer tudo o que eu sempre esperei.

Mas é... PLATÔNICO viver um amor assim, principalmente se você considerar que eu não sou expert em romances.

E pra piorar tudo isso, quer dizer, se tivesse uma balança em que eu pudesse pesar minhas emoções pelas pessoas, facilmente eu me daria conta que eu amo (ainda que fraternalmente) mais o garoto A (meu melhor amigo) que o garoto B (o provável amor-da-minha-vida por quem eu deveria ter absoluto sentimento).

Isso é... estranho. Muito estranho.

Eu não quero uma paixonite frágil.

Tecnicamente, se eu não gosto desse cara B tanto assim, é porque não vale a pena.

Eu DEVERIA gostar MESMO dele.

Tipo, “mais que tudo no universo”. E não “em terceiro lugar da minha lista de coisas que amo”.

Isso é... Insano. Estranho. Louco, muito louco.

Tem dias que eu nem lembro que ele existe, algo semelhante a “menos que o não-existente”.

E tem dias que a gente conversa e nada no mundo (ou quase) importa mais que ele. E eu não consigo parar de falar, pensar e citar ele.

Ontem foi um desses dias.

E MESMO ASSIM, a parcela do que eu sinto por ele ainda é MÍNIMA.

Eu sei que não é certo ficar com esses pensamentos destrutivos.

Mais na minha mente de lerda, eu pus na cabeça que só seria paixão-real se fosse mais forte que tudo ou quase isso.

E... Não parece forte o que eu sinto. Parece explosivo, inconstante e delicado.

Uma hora implode, outra evapora.

Por que a gente cresce?

Quer dizer, eu não teria nenhum problema em ter 12 anos e aquela cara de pirralha inocente.

Se bem que eu ainda tenho a cara de inocente, hehe.

Ah sim, hoje é dia dos namorados. Não que eu esteja tãããão deprimida.

Mentira, eu to semi-deprimida.

Parece idiota, mas acho que vale a pena ressaltar que essa data comemorativa é realmente idiota, apenas uma desculpa de merda pra os caras das lojas faturarem com as vendas e garotas como eu (ou seja, ninguém) ficarem com pensamentos semi-negativos, alto nível de dependência de chocolates e super LOUCAS pra esbarrar num cara loiro dos olhos azuis (tanto faz, contanto que seja bonito!) por quem a gente se apaixone e esse cara seja a perfeição em pessoa sem ser enjoativo e que no fim, puff (assim, num passe de mágica!) nossos problemas se resolvam!

É bem ridículo.

E hoje eu vi cada casal fofo! Putz, muito lindos mesmo! Vi garotos gatos dando buquês de flores e presentes (essencialmente românticos) às namoradas. Isso é bom, quer dizer, prova que ainda existe salvação pro sexo masculino.

Não que eu esteja esperando um Edward Cullen ou um Chuck Bass. Fala sério!

Mas um cara que gostasse de mim e que me deixasse nas nuvens já tava de bom tamanho.

Mas pra isso acontecer tá meio (completamente) foda... Quer dizer, era necessário dar um cérebro útil e um coração a todos os caras no mundo, assim quem sabe o dom de ser legal/bonito/sarcástico/engraçado/fiel desenvolvesse em pelo menos um deles!

bom, nunca se sabe.

Até lá eu vou revendo os episódios de gossip girl, relendo a saga do Twilight, me matando de comer chocolate e me queixando do quão idiotas são os seres do sexo masculino, quem sabe algum cara perfeito não queira me provar que eu só não encontrei a pessoa certa e todo aquele papo de auto-ajuda-amorosa!

Bééér.

Sonhei agora, Haha.

brenda
Enviado por brenda em 14/06/2009
Reeditado em 14/06/2009
Código do texto: T1648471
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