Minha natureza

Não sei por quê

Se eu te olho,

Fico a sofrer.

E esperando,

Num mar sem ninguém.

Que navegando,

Eu vou te encontrar.

Pensas em mim,

E se recordas,

Do meu coração.

E esqueceste que vi seu sofrer,

E ajudei sem ninguém me pedir.

Triste assim,

Porque no mundo,

Não há mais lugar.

Para quem grita,

E corre atrás.

Vivo sem fim,

Só esperando,

O mar me levar.

Que numa onda,

Eu chegue ao final.

Que num desejo,

Eu seja real.

E nos seus beijos,

Sentir seu calor,

E no seu corpo,

Dormir sem rancor.

Vives assim,

Saboreando o gosto normal.

Que são três horas,

De escuridão.

Que são três rios,

Que correm pra cá.

E só as matas,

Irão me acalmar.

Rindo assim,

Pois o meu riso,

Não posso conter.

Como se fosse,

Meu corpo a vibrar.

E a verdade,

Pra nunca olvidar.

Sempre feliz,

Valorizando o início e o final.

Não esquecendo que existe o mal.

Mas bem sabendo que vou contornar.

Lembras de mim,

Eu que voava num céu todo azul.

Que mergulhava na exatidão,

Entre montanhas e sua oração.

Noutro lugar

Que a verdade insista em calar,

Que os galopes não vão pelejar.

Que o ser humano perdeu sua essência,

Ficou travado na pura aparência.

Do que não foi,

E o que queres ser.

Corres assim,

Para que as pernas não queiram parar,

Para que a mente não possa pensar,

Em tantas coisas que não sei por quê.

Se meu temor,

Desatinasse com todo fervor,

E misturasse o que penso e sou.

Vou contemplar

Que não existe,

Palavra a dizer.

Quando se vives,

Pra não se mentir.

Escrevo sem fim,

Sobre pensar,

No que vou dizer.

Sobre viver,

Sem rastro ou fronteira,

Sem deixar brecha,

Pro seu preceder.

Porque se vivo,

Pra ser mais feliz.

Sobre a vida,

E a natureza.

E que nos rios,

Possa correr.

Com a vontade,

De nunca parar.

Para que em águas,

De se beber,

Meu corpo deite,

E fique em paz.