Destinos Esquecidos...

Uma criança chora sem abrigo

Seu alimento abstrato,

Seu próprio umbigo

Que bate em seu peito adormecido

Cada costela de seu corpo

Vai com o tempo em um sopro

Que leva a beleza de seu rosto

Para ossos em seus esboços

Sua vida é à beira de uma noite

Que ele traduz em rancores

Na sombra de uma fria madrugada

Seu coração é um menino

Que agora chora aflito

Na hora fria que o levará

Suas mãos frias

Elas mesmas são as rimas

Da noite que vai chegar

Pega seu cobertor

Deita na sua dor

Esperando uma única flor

Quem sabe um dia ele a regará...