INFERNO PRECONCEITUOSO
No meu mundo não há diretriz,
E enquanto houver sorrisos hão de morrer as desistências
No meu colo não há pudor...
E quando me desejar sem carinhos hão de morrer o amor.
Neste beijo manhoso, as madonas se entopem de arcanjos,
Neste colosso casual o fel é a dor e a lágrima, os olhos alheios.
No meu quarto há um paradoxo, assim como em sua mente pode
Morar um Afegão,
São seres que apoderam da terra e residem nela
E mesmo que tudo na vida possa mesmo se transformar...
Quero ver se tu usas um bigode com transinhas,
Quero te mostrar que suas amarras estão dentro de ti.
Vou tatuar seu ventre uma lingerie com tinta branca,
Vou te mostrar a paz que emana das diferenças.
Erradicar o teu umbigo preconceituoso,
Fazer-te rezar por um muro de lamentações.
Terei o teu busto negro como a minha imagem
E o retrato de Michael Jackson na sala de estar.
Seu pênis depois dos oitenta não passa de uma donzela desconsolada,
Mas o muro forjado do desejo vaza como um monte de bosta jogado ás ruas.
O seu heroísmo amamenta o seu egocentrismo...
E tudo isso pode por tudo a perder neste inferno preconceituoso