Destruindo ilusões

O vento sopra forte, vêm de longe, minhas mãos estão inquietas, e ardendo de frio, o azul do céu, se perde entre as nuvens escuras do tempo, que se forma pra se desfazer em chuva, o vento forte, derruba folhas das arvores, esse vento, leva folhas secas, sonhos perdidos, deixando apenas, os esqueletos das arvores, apenas o corpo vazio.

A chuva cai forte, ardendo-me a pele, o vazio em mim, é maior que o frio, que causa a chuva na madrugada. Os sonhos, levados pelo vento, estão se afogando na chuva, e em breve, serão levados pela correnteza de um riacho. Esta chuva não pode passar até todos os sonhos se afogarem, que esta chuva não passe, enquanto neste corpo ainda existir uma ponta de ilusão.

Depois, tudo terá perfeição, um novo dia de céu aberto, sol forte pra sugar toda a água, deixada em excesso pela chuva, não restará sonho, nem mesmo afogado, e quando a vida se encarregar, de outros sonhos em meu caminho colocarem, irei chorar, chorar até que minhas lagrimas, junto com outra chuva, possa eliminar qualquer sonho, que insistir em me adentrar, e se mesmo assim, alguns insistir em continuar, que os fortes ventos, se unam com as chuvas, e formem funis de tempestade, para que destrua, todo e qualquer sonho, para que não reste nem mesmo as lembranças, de que um dia houve sonhos. Minhas mãos se aquecerão, e nunca mais ilusão esse corpo aceitará.

O vento forte vem vindo de longe, e meus sonhos, junto com a chuva vão morrendo, e junto com o dia, uma nova vida, neste corpo vai nascendo.

Daiane Garcia*eumesma

15 de maio de 2008

Daiane Garcia
Enviado por Daiane Garcia em 04/09/2009
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