Minha BOLHA.

Dentro de minha bolha trancafiada, um servo se cria.

Escalar sem noção do tempo perdido.

Perde-se o tempo, ganha-se a vida?

Tornando meu caminho ínvio, acho que nem tentar vou!

Suspirando porque não aconteu?

A bolha torna-se cada vez maior com os pesares!

Irascível, tudo se perde, perde-se a cabeça (descabeçada),

Mãos, pés lá se vão...lavam-se!

Insondável resposta a buscar,

Ainda respirando as batidas de meu coração, tornam-se ainda mais fortes o tic tac.

O corpo separado dos membros..sou membro do mesmo corpo que se cria dentro de um copo cristalino.

Destila-se ali o veneno, o mesmo que mata e que cura.

Segura-se a Mao para que não se perca do restante dos dedos.

Do que é feito a bolha?

De sonhos, tristezas, alegrias, saudades, não só de puro ar.

Pureza a se procurar, dentro de minha grande bolha se enchendo torna-se pequenina, de tanto que assopro.

O efeito se faz no segundo que se estoura a humilde película.

Após a periculosidade passada, torna-se tudo insólito.

De Fora ver coisas diferentes, olhos trocados? Não, apenas a realidade, após auto-analise se é necessário para uma nova bolha criar.

Saltitante, solto todo o ar que os pulmões e pés não agüentam mais carregar.

Alivio imediato, remediado está até que encha.

Bolha interditada, não se entra não se sai.

Apenas sente! Se sente assente.

Percurso demorado, a realidade quase uma eternidade.

Bolha, minha necessidade a cada instante, sobrevivo com a bolha de oxigênio.

Gênio quem se passa por isso!

Lambuze, use e abuse do que lhe é de direito!

Sinta o gosto do fel.

Faz-se tornar mel.

Em meios a tudo, meus pesares tocam o chão, seu lugar nato de habitação!

Volto em volta e meia, para então encontrar!

Deixo ali o AR que tanto me desespera.

Inesperado abuso!

Denuncia, o que mais lhe resta?

Abusada sente então, alivio de anunciá-la.

Tudo dentro de uma só regalia, a bolha que cada um cria!!

Franciele Ramires 19.08.09 21:29

Franciéle Ramires
Enviado por Franciéle Ramires em 06/09/2009
Código do texto: T1795759
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