Caminho
Posso caminhar, mas não consigo mover, os pés do chão firme,
Tenho presa, mais não consigo alargar os passos, mesmo esforçando-me…
A minha frente, o infinito me provoca, forçando-me a construir minha passagem,
Não consigo, sinto-me limitada, mesmo com o infinito, a se exibir na minha face…
Obstáculo surge a minha frente, mesmo que me recuse a ver, fechando os olhos…
A minha frente, uma trilha enorme, mas não tenho sede de conquistá-la…
Não consigo prosseguir, estou perdida, em minha própria trilha,
Com tamanho horizonte a minha frente, vivo a questionar o que, já se passou…
Não consigo pensar, no que vem pela frente,
Olho ao lado, não a ninguém, nem mesmo você…
Com os pés paralisados, lagrimas ralando, certa de que, o passado foi em vão.
Posso caminhar construir um rumo diferente, mas desisto…
Quieta, fico a observar o mundo a se fechar a minha frente, querendo chegar ao fim,
O mundo com você era tão perfeito, mas o que vejo, apenas distancia…
O infinito me provoca, forçando-me a construir, uma vida sem você,
Recuso-me, limite esgotado…
A minha frente, tudo que vejo, me faz desistir de caminhar…
Quero me livrar, de um passado idealizado, não caminhar mais, em direção ao futuro…
Sem você, a vida é amarga, coração frio, pensamento vazio, sorriso sem graça, e a tristeza me cala...
Posso caminhar, mas não quero, sem você, não posso… desisto,
Tenho presa, do fim dessa jornada, tenho presa…
Daiane Garcia *eumesma
29 de maio de 2008