Abandonada por mim
Outra vez abandonada, agora, até o mundo lá fora, já não olha mais pra mim, já é madrugada, e na minha vida transtornada, nada muda, nada passa…
Apavoro-me, corro e não consigo te alcançar, na madrugada perdida, abandonada, tenho que voltar, e busca o inicio de algo, que já acabou…
Sozinha na rua, entristecida, sem vida, sem amor, nada consigo encontrar, se fosse apenas o desprezo dos seres, que me rodeiam, mas o pior desprezo é o que sinto dentro de mim, vida transtornada de amargura. O mundo zomba de mim, insuportável essa situação, insuportável…
Outra vez abandonada, desta vez diferente, desta vez, abandonada por mim, sem esperança de amparo, sem querer, esse amparo…
Daiane Garcia *eumesma
24 de junho de 2008