O meu medo é o teu medo

Eu vou sair, vou pular a janela, e sem olhar pra trás, vou seguir, não há ninguém, na minha frente, nem no meu passado, na minha vida, tudo foi fantasiado.

Agora, fugindo das fantasias, para viver, consigo perceber, que o chã0 que piso, é de vidro, e já esta trincado. Mas não tenho culpa, não conheci o mundo, nele vivi, através dos olhos de meus protetores pais. Não! Eu não vivi. Eu vivi, ou não vivi! Hoje, caminho sozinho, fugindo de uma prisão, e caindo, nas simples armadilhas, que trás esse mundo, que me negarão de viver.

Quero pisar no chão, mais não consigo, embaixo dos meus pés, o chão é de vidro, não alcanço as mãos, de meus “protetores” pais, sei que vou cair, e ha de doer, e eles sabiam que isso podia acontecer, mais insistia em dizer, que era pra me proteger.

Agora pai, o meu medo é o teu medo, a minha dor é a tua dor, o mesmo frio, o mesmo calor, enfim, enfrentamos o mesmo temor, que indecisão, onde afirmar os pés, onde apoiar as mãos.

Proteção não é amor, oh pai, sua proteção, hoje nos causa dor, proteção não é amor, tanto proteção, que hoje me causa dor, não é amor, é dor.

Daiane Garcia*eumesma

28 de Agosto de 2008

Daiane Garcia
Enviado por Daiane Garcia em 17/09/2009
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