A tempestade se recusa

O tempo se fecha lá fora, de repente, o céu que antes brilhava, com a luz do sol, escurece, com pesadas nuvens, que formam uma forte tempestade, nada mais acontece, as nuvens se recusam a chorar, e a terra, continua fervendo como estava, apenas, algumas gotas caem bem distante umas das outras, são lagrimas, lagrimas que caem das enormes nuvens pesadas, que fazem de tudo, se esforçando, para não mostrarem seu pronto, a ventania começa, trovões, raios, relâmpagos, o mundo parece que esta explodindo, e de camarote, assisto tudo, quieta sem me mexer.

De repente, percebo que estou dentro de mim, a observar o mundo, que se resume no que chamo de, “minha vida”, as nuvens carregadas, as tempestades, os trovões, raios, relâmpagos, é meu interior, e mesmo assim, me recuso a mostrar meu pranto, me recuso, recuso a abrir uma janela, e deixar a luz do sol entrar, só precisava liberta uma lagrima, para acalmar os trovões dentro de mim, uma lagrima, e os raios se cessariam, os relâmpagos diminuiriam, e o sol começaria a brilhar, dentro de mim.

Mas me recuso, a libertar-me desta forte tempestade, que não termina, e que não para dentro de mim, enquanto isso, o sol brilha lá fora, mas eu não consigo sentir, nem mesmo o toque da sua luz.

Daiane Garcia*eumesma

31 de agosto de 2008

Daiane Garcia
Enviado por Daiane Garcia em 17/09/2009
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