Eu ainda não cheguei a uma conclusão.

Externar pensamentos abrangentes, imparciais, ainda que por vezes imprecisos, tem causado enorme desconforto para o interlocutor de minhas crenças: eu mesmo.

Será o pragmatismo da vida moderna o responsável por esse inconveniente? Sob a presença de sutil porém incômoda pressão social, a angústia de não produzir respostas imediatas é praticamente inevitável. Não menos inquietante é o clamor por posicionamentos não ambígüos, como se a incerteza pudesse ser exorcizada por alguma mandiga qualquer.

O cenário é desolador; a imparcialidade é imputada como auto-condenação. Por que não nos levam a sério? Ou melhor, "Por que não buscar a verdade acima de todas as coisas? Não sei, eu ainda não cheguei a uma conclusão".