Por que representamos tão bem assim?
Quem somos nós realmente? Como pais, filhos, irmãos, amigos, cidadão, homem, mulher, criança, adulto – ou eterna criança!
Onde estaria nossa inocência, nossa verdade, nossa autenticidade, em nossos relacionamentos, se na maioria deles disfarçamos nossa intenção, nosso pensamento, nossa vontade...
Nos mostramos como queremos ser para o outro ou como imaginamos que ele nos queira, mais do que espontaneamente deveríamos ser.
Raramente nos soltamos ou nos mostramos como realmente somos. Mostramos uma máscara que esconde nossa verdadeira personalidade. Não gostamos do que somos ou não confiamos mostrar nossa face verdadeira o tempo todo.
Quem somos nós, então? Atores representando uma peça que não ensaiamos. Encarnando personagens que surgem espontaneamente e tomam conta de nós. Depois que a peça termina, que as luzes se apagam, que os aplausos cessam, acordamos para a realidade e nos perguntamos: quando acabará essa encenação?
Mas ela não encerra a temporada senão no fim da estrada. Envelhecemos como experientes atores, representando cada vez melhor! E depois que as cortinam fecham-se, um momento de reflexão: será que os outros representam tão bem quanto nós?!