HUMANIDADE
A que preço se consolidará a transmutação humana?
Esta é uma incógnita que se revela em meio a grandes obstáculos
como a certeza que invade a consciência e me trás a estranheza
de que tudo esta erradamente estranho.
Não tão perto como não tão distante desvio-me a acreditar,
atentando-me na descrença, nos obscuros das senas
e nas visões que nas telas complementam a evolução.
Hoje, nos dias onde atravessam as noites me perturba o sono. Nas razões
que me deram a vida e que tentam tira-la, não como se puxassem um gatilho,
ou no peito enfiassem-me a faca, mas na natureza do sentimento, que descrer
todo o meu momento com feito, dores e palavras....
O ser humano tão meramente castigado pelas mentiras atravessa pelo caminho
mais obscuro do ser, a verdade se esvai e acreditar-se ou acreditar não se é mais
permissível.
Ilhados no mar de solidão, buscamos abraçar bens matérias achando que completa, quando na verdade, o certo seria nos voltar a entender melhor os sentimentos de forma a compreender que deste são os bens mais valiosos de todo o universo.
Por que o real, a querer saber, é que não conseguimos dar um único passo sozinho
nossa motivação, nossos desejos, nossas ânsias se baseiam a alguém a querer dar
e em seguida receber.
Mas, no entanto continuamos a nos distanciar,
a querer o vazio do só,
vivendo em residência onde são mínimos os espaços,
como em nossas escuridões inabalável que ninguém ver.
Nas ruas não ouvimos mais vozes gentis,
não se permuta os cuidados com os outros,
apenas uma competitividade generalizada se estabelece,
Dando espaço a violência, ao medo e morte.
Como viver a vida então!?
Então pergunto:
Quem cuidará de nós quando a luz se enfraquecer
quando o vazio do olhar nos tocar e do nosso lado
não encontrarmos o alguém que nos remete a viver?