O circulo da dor

Não sinto mais dor, pois quando as dores são muitas, adormecem a alma; e é assim que estou me sentindo, adormecida com as dores encontrada em minha jornada, tudo que está acontecendo, coisas que vem surgindo a meu redor, vejo-me sem saída, tudo acontece aos poucos no mesmo instante, ao mesmo tempo, me sinto sufocada, não vejo saída, estou no centro de um circulo, um circulo bem pequeno, e que a cada segunda vai diminuindo. Sem dores, sufocada na amargura de não poder eliminar essa dormência sentida na alma, dormência causadas pelo tumultuo de dores, que causaram um congestionamento de medo, medo de essa dor não passar, e ficar sempre nessa amargura agonizante.

Se eu pudesse voar, voaria ao lugar mais alto, que minhas azas conseguisse alcançar, ao chegar ao mais alto, eu as cortaria; não ha como sair do circulo, e ele esta se fechando, e uma etapa pela qual tenho que passar etapa a qual não suportarei, e desistir pode ser a única saída, há abismo de todos os lados da circulo, depois do abismo, um paraíso que para mim é inalcançável, provavelmente por que eu voarei ao lugar mais alto que minhas azas consiga alcançar.

Eu vi mais uma vez, a minha alma se distanciar do meu corpo; ao tirar os pés do centro do circulo, pus-me a voar, sem ir para os lados, apenas para cima, e cada vez mais acima, ao mais alto que se podiam alcançar. Desprendi-me, meu corpo desceu de encontro com o pequeno circulo que restava, e minha alma subiu a vagar em busca do paraíso.

Daiane Garcia *eumesma

17 de agosto de 2009

Daiane Garcia
Enviado por Daiane Garcia em 06/11/2009
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