Graças à vida

Com o tempo vamos formando nossa identidade...

E eu não faço mais questão de ser legal.

Eu gosto do alternativo, do desconhecido, de pessoas imperfeitas.

Do irreal, do diferente, do inteligente.

E sem rótulos.

Desprezo qualquer tipo de mediocridade e afetações de felicidade.

Tenho orgulho do mau humor, pois o mau humor é uma indicação do discernimento que vem chegando.

E junto com ele, vem chegando também a maturidade.

Não faço questão de ser otimista, quando da realidade é que saem as fantasias e a imaginação.

E a realidade não é nada otimista. E quando é, traz felicidade, que quando sentida de verdade, não precisa ser traduzida.

É maior e é discreta, satisfaz.

E não tenho medo de afirmar que nada do que eu disse está pronto e concreto.

Tenho a liberdade de me autorizar a mudar, sempre que necessário.

De opinião, de ares, de escolhas, de gostos.

Só não mudo o fato de que não sou mais aquela pessoa efusiva que graças à vida ficou pra trás.

Beatriz Moraes
Enviado por Beatriz Moraes em 30/11/2009
Reeditado em 19/05/2014
Código do texto: T1951920
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