PLANETA TERRA

Questiono-me, o que será que estou sentindo? Quando estou dormindo acordo e sinto minha garganta ressequida, meu respirar abalado, um tanto quanto sufocado, um tanto quanto preocupado. Sempre tive boa saúde! Refletindo, lembro que há muitos anos já se notava que florestas choravam a devastação, e que lagos, rios e mares já viviam em desespero, embriagados pelas águas podres que bebiam e pelos lixos indigestos que se obrigavam a comer! O universo, a terra, os mares e as florestas não são donos de si, não vem tendo tratamento que os conforte. Precisam viver, mas sem atenção e carinho, sentem-se condenados a autodestruição!

Saudosismo? Romantismo? Não! É meu corpo, que assim como a natureza, sente as consequências da frieza do ser humano. Seja da Mãe, ou do Pai, que inconsequentes não imaginam que as próximas gerações carecem de ar puro, água limpa, e todo o universo despoluído. Seja do comerciante ou industrial que não percebe que suas metas de riqueza efêmera, na maioria das vezes destroem não só o planeta Terra, mas tudo o que nele existe, e insiste no progresso bruto e cruel. Seja dos governantes, seus assessores e líderes comunitários, que, às vezes operários de grandes interesses, colaboram com esmero para o caos!

E eu? O que estou fazendo? Sofrendo as conseqüências, só observando o que acontece, ou colaboro na solução? No amiúde, qual vem sendo a minha atitude? Em meu Lar procuro reciclar o máximo possível? Procuro orientar as pessoas? No meu trabalho, seja no campo ou na cidade, na escola, no lazer, procuro atentar para a realidade? No meu dia a dia, vivo como a grande massa que sequer pensa em ecologia? Ecologia, tão defendida por alguns poucos, que sonhando com um futuro digno para todo o universo, quando em luta, são condenados por invasão de privacidade e outros tantos crimes, e que indefesos sofrem seus desenganos na luta pela vida na Terra!